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Operadores de comunicações admitem repercussões nas faturas dos clientes

A Altice Portugal, NOS e Vodafone Portugal já sentem os impactos do atual contexto económico, impactado pela inflação, disrupções no abastecimento de materiais e a guerra na Ucrânia, e admitem que isso pode ter repercussões no consumidor.

Operadores de comunicações admitem repercussões nas faturas dos clientes
Notícias ao Minuto

19:52 - 12/05/22 por Lusa

Economia Operadoras

"Na Altice monitorizamos de perto toda a evolução do contexto, tentamos identificar o que poderão ser riscos conjunturais e aqueles que se manifestam que podem ser eventualmente riscos estruturais e que nos vão afetar de uma forma mais significativa", afirmou a presidente executiva da Altice Portugal, Ana Figueiredo, quando questionada sobre a atual situação económica, no segundo e último dia do 31.º congresso APDC, que se realizou em formato híbrido a partir do auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa.

"Estamos a monitorizar, obviamente já estamos a começar a sentir os impactos, creio que no primeiro trimestre não sentimos tantos impactos, os impactos vão começar a sentir-se a partir do segundo trimestre até ao final do ano" e "esta guerra veio agudizar" a situação, prosseguiu a gestora.

Tudo vai depender da duração da guerra e dos impactos desta, disse.

"Compete-nos, como gestores executivos, acompanhar, estamos a sentir impactos, sobretudo a nível da energia", mas "vamos tentar mitigá-los em termos de reflexos aos nossos clientes, mas não podemos dizer que não pode ter um reflexo", referiu Ana Figueiredo.

Apontou que "há diversos fatores", desde a "inflação do ponto de vista das matérias-primas, a disrupção das cadeias logísticas e, depois", a escassez de talento e recursos humanos, o que leva a uma "inflação laboral".

No fundo, "estão todos os condimentos, é a tempestade perfeita" e "teremos a coragem para tomar decisões difíceis se for necessário", rematou.

Também o presidente da Vodafone Portugal, Mário Vaz, afirmou que a empresa já sente os impactos do atual contexto económico.

"Hoje temos que estar em permanência a monitorizar [a inflação], estamos naturalmente a ser impactados e em crescendo", afirmou o gestor, pelo que a Vodafone está a procurar mais eficiências.

"Estamos a falar em retardar o mais possível os impactos que vai haver para os consumidores, que é quase inevitável", considerou, apontando a escassez do chipset, que já vinha desde antes da pandemia e que continua, e que é importante para as soluções IoT, e a "inflação expressiva" nos materiais para fazer a monitorização de rede, os combustíveis e a energia.

"É muito difícil que não se venha refletir em todos nós", afirmou Mário Vaz.

Por sua vez, Miguel Almeida, presidente executivo da NOS, sublinhou que o setor está "particularmente" exposto em áreas que têm sofrido disrupções e sujeitas a grande inflação e à eletricidade.

"Enquanto setor estamos particularmente expostos às disrupções logísticas e fatores produtivos" que têm sido alvo de aumentos, pelo que vai ser difícil gerir os próximos tempos", acrescentou.

"Além das dificuldades de abastecimento, os terminais que colocamos na casa dos clientes têm tido aumentos na ordem dos dois dígitos", explicou, sem falar na fatura de eletricidade.

"Vai ser difícil que não tenha repercussões", "toda a nossa estrutura de custos está a sofrer", rematou Miguel Almeida.

Leia Também: NOS e Altice dizem que não estão livres de ciberataques como o à Vodafone

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