Ana Figueiredo falava no segundo e último dia do 31.º congresso da APDC, que se realiza em formato híbrido a partir do auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, que tem como tema "Tech and Economics: the way forward", no Estado das Nações das Comunicações.
"Acho que estamos num contexto crítico para o setor", afirmou Ana Figueiredo, que assumiu as funções de presidente executiva da dona da Meo em abril.
"Em algumas matérias temos regulação a mais", mas "o que precisamos é de reguladores que atuem no século XXI com ferramentas do século XXI" e não no passado e que "não nos impeçam de crescer de forma sustentável", afirmou.
Instada a comentar o discurso do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que anunciou que o Estado vai comparticipar nas redes de conectividade em zonas brancas onde os privados não investiram, a gestora considerou positivo.
"Se olhar para os indicadores de cobertura das redes móveis e fixas em Portugal, temos uma cobertura de 99,7% em termos de 4G e fomos dos primeiros países a nível mundial e europeu a lançar a rede 4G, a nível da fibra, através da fibra da Altice Portugal, temos uma cobertura de 85% das casas, é óbvio que esses 15% que estão fora, ou 0,3%, não podemos deixar para trás", prosseguiu Ana Figueiredo,
"Todo o investimento até agora foi feito por privados e eu acho que também é o momento" do "setor público e atores públicos criarem condições e as medidas para investirmos nessas zonas e não deixarmos ninguém para trás", sublinhou.
"Todos nós estamos disponíveis para encontrar soluções", acrescentou a presidente executiva da Altice Portugal, recordando a implementação conjunta dos três operadores com a EDP de rede no parque nacional Peneda Gerês, que cobriu uma zona branca.
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