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Luxemburgo. Ministra das Finanças julga que inflação continuará a subir

A ministra das Finanças do Luxemburgo acredita que a inflação vai continuar a subir, traduzindo-se num problema para muitas famílias e empresas, e considera que a meta de 2% do BCE não "parece muito realista" no futuro imediato.

Luxemburgo. Ministra das Finanças julga que inflação continuará a subir
Notícias ao Minuto

07:55 - 12/05/22 por Lusa

Economia Luxemburgo

Em entrevista à Lusa, a ministra das Finanças luxemburguesa, Yuriko Backes, assinala que a subida da inflação já se fazia sentir durante a pandemia, com os constrangimentos nas cadeias de abastecimento, mas agravou-se com a guerra na Ucrânia, sobretudo através dos preços da energia.

"Penso que a inflação irá continuar a subir, o que obviamente é um problema para muitas famílias e também para as empresas. A zona euro está realmente a sofrer com os preços altos", disse.

A homóloga de Fernando Medina, que está em Portugal a propósito da visita de Estado dos grão-duques Henrique e Maria Teresa do Luxemburgo, sublinha que é necessário esperar pelas "decisões que o Banco Central Europeu (BCE) irá tomar nas próximas semanas e meses".

"Não o posso prever, mas não é segredo que o BCE a determinada altura vai aumentar as taxas de juros. Vamos ver quando é claro voltar a uma inflação cuja meta [do BCE] de 2% não parece muito realista no imediato, mas obviamente essa é a meta", disse.

Yuriko Backes explica que o crescimento económico foi revisto em baixa na zona euro, bem como a nível global, mas considera ser "difícil prever se irá haver uma recessão".

"É algo que temos que seguir muito concretamente. Os Estados-Membros estão a preparar pacotes para ajudar as famílias e as empresas a ultrapassar esta crise. Também é muito importante a coordenação [nessa matéria] a nível da União Europeia", vincou.

A responsável das Finanças do Luxemburgo recorda que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial têm aconselhado os países a responder à crise com medidas direcionadas para as famílias, mas, por outro lado, limitadas no tempo.

"Precisamos garantir que os nossos orçamentos não saem do controlo. Portanto, esses são todos os tópicos em que precisamos ter uma coordenação muito estreita também a nível da União Europeia e da zona euro", disse.

A governante frisou ainda que a guerra na Ucrânia está a ter impacto na economia mundial, sublinhando que "esta agressão da Rússia é obviamente contra o direito internacional" e "completamente inaceitável".

"Assistimos a essa expressão de solidariedade em toda a Europa e também no Luxemburgo, acolhemos milhares de refugiados, expressando a nossa solidariedade. Mas acho que todos os Estados-membros fizeram um fantástico trabalho ao ajudar a assumir o controlo e fazê-los também a sentirem bem-vindos durante esta crise horrível", disse.

Neste sentido, considera importante analisar como ajudar a Ucrânia a curto prazo, a médio prazo, mas também a longo prazo.

"Temos de reconhecer que a União Europeia nunca impôs sanções tão rapidamente a nenhum país, neste caso, a Rússia. Queremos parar a guerra. Esta imposição de sanções é uma forma de tentar cortar os fluxos financeiros nesta máquina de guerra", acrescentou, defendendo que "devemos orgulharmo-nos da rapidez com que impusemos estas sanções, que a longo prazo, mas também a curto prazo, têm impacto".

"Podemos parar a guerra agora? Não, isso é difícil, mas estamos do lado da Ucrânia e apoiá-la e ajudá-la a defender também os valores europeus e estaremos lá para ajudar a reconstruir quando esta guerra terminar em breve", conclui.

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