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Regulador disse que "não há abuso" nas margens, garante ministro

O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse hoje que o regulador da energia informou o Governo de que "não há abuso" dos comercializadores no que diz respeito às margens da venda de combustíveis.

Regulador disse que "não há abuso" nas margens, garante ministro
Notícias ao Minuto

17:55 - 11/05/22 por Lusa

Economia Crise/Energia

"O que o regulador [ERSE] nos disse é que, neste momento, não há abuso dos comercializadores" no que diz respeito às margens da venda de combustíveis, afirmou Duarte Cordeiro, que está a ser ouvido na Assembleia da República, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Em causa está a consulta pública, até 23 de maio, promovida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), relativamente à metodologia para a supervisão do sistema petrolífero que vai operacionalizar a lei do Governo que cria a possibilidade de fixação de margens máximas nos combustíveis.

Na prática, trata-se de uma proposta de metodologia para determinar os custos de referência de cada uma das etapas da cadeia de valor dos combustíveis simples e do GPL engarrafado - atividade de refinação, logística primária, incorporação de biocombustíveis e de comercialização - para poder determinar margens máximas nas várias componentes.

Segundo explicou hoje o ministro do Ambiente, o diploma que resultar da consulta pública entrará em vigor em 01 de junho.

Com este instrumento, acrescentou o governante, caso a ERSE detete que existem margens abusivas, pode recomendar ao Governo a fixação de margens.

Na semana passada, a ERSE considerou não existirem "evidências que permitam suportar que a redução do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) não tenha sido repercutida" na venda aos consumidores dos combustíveis líquidos rodoviários.

A posição da entidade que regula o mercado dos combustíveis consta de um comunicado emitido em 04 de maio a propósito de notícias sobre uma alegada subida das margens de comercialização dos revendedores para justificar a expectativa de descida dos preços com base na redução do ISP definida pelo Governo e que questionam qual foi, afinal, o real impacto da descida do ISP nos preços dos combustíveis.

Já relativamente ao mecanismo que está a ser preparado pelos governos português e espanhol para limitar o preço do gás para a produção de eletricidade, Duarte Cordeiro disse que o "trabalho está praticamente finalizado" e que se trata de uma medida "temporária e excecional".

A ministra espanhola da Transição Ecológica afirmou hoje que Lisboa e Madrid esperam aprovar "de forma simultânea" na sexta-feira nos respetivos conselhos de ministros o mecanismo para limitar o preço do gás para a produção de eletricidade.

"Esperamos poder aprová-lo de forma simultânea em Portugal e em Espanha esta sexta-feira e transmiti-lo imediatamente à Comissão Europeia, que deve adotar uma decisão do colégio de comissários para que o mecanismo entre em vigor", explicou hoje Teresa Ribera em sessão plenária do parlamento espanhol.

Entretanto, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, anunciou que o Governo vai aprovar em Conselho de Ministros extraordinário, esta sexta-feira, o mecanismo para limitar o preço do gás para produção de eletricidade, em simultâneo com Espanha.

No final de abril, os governos de Portugal e Espanha chegaram, em Bruxelas, a um acordo político com a Comissão Europeia para o estabelecimento de um mecanismo temporário que permitirá fixar o preço médio do gás nos 50 euros por MWh.

Esta medida permitirá dissociar temporariamente os preços do gás e eletricidade na Península Ibérica, que beneficiará assim de uma exceção, tal como acordado no Conselho Europeu de março.

Previsto está que o mecanismo tenha uma duração de cerca de 12 meses e permita fixar o preço médio de gás em cerca de 50 euros por megawatt, contra o atual preço de referência no mercado de 90 euros, sendo que o preço começará nos 40 euros.

Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto - a eletricidade - quando este entra na rede.

Leia Também: Petrolíferas "apropriam-se de parte da redução" do ISP, acusa PCP

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