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Política Agrícola Comum privilegia zonas mais desfavorecidas

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse hoje, em Idanha-a-Nova, que a nova Polítia Agrícola Comum (PAC) vai privilegiar as zonas mais desfavorecidas.

Política Agrícola Comum privilegia zonas mais desfavorecidas
Notícias ao Minuto

15:27 - 04/04/14 por Lusa

Economia CAP

"Em princípio, a próxima PAC vai privilegiar zonas mais desfavorecidas. As zonas em que não havia nenhuma ajuda por hectare ou que tinham uma ajuda muito baixa vão todas ser subidas para 60% da média nacional", disse à agência Lusa João Machado.

O dirigente da CAP explicou ainda que as culturas que tinham mais ajudas não vão deixar de as ter.

"Julgo que é uma boa oportunidade para estas regiões que são mais deprimidas, sobretudo porque há uma rede de segurança para essa agricultura, com uma ajuda por hectare superior. São boas notícias", referiu.

João Machado falava à margem da reunião do Conselho Consultivo do Centro, que decorreu em Ladoeiro, na Associação de Regantes de Idanha-a-Nova.

O presidente da CAP sublinhou que quando se iniciou a negociação há três anos havia uma grande expectativa em torno da nova PAC, uma vez que Portugal "não tem um tratamento muito igualitário" em relação aos outros países em termos orçamentais.

"Estamos muito atrás. Se virmos o caso das ajudas por hectare ou por agricultor estamos em 22.º ou 23.º lugar e tínhamos expectativas de que houvesse agora uma igualização dos agricultores dentro da Europa", disse João Machado.

Porém, "infelizmente as questões orçamentais da União Europeia retiraram dinheiro à PAC e, com mais países para dividir, o dinheiro é menos", concluiu o dirigente.

João Machado referiu que como existe menos dinheiro, o que se fez na negociação foi minimizar as perdas, mas sublinhou que em relação aos pagamentos diretos, que é o que mais interessa aos agricultores, até ganha.

"Perde um pouco nas ajudas ao investimento, mas ganha nos pagamentos diretos. Temos um aumento de 08% no orçamento entre 2014-2019", disse o presidente da CAP.

Em relação ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), que esteve fechado praticamente três anos no princípio deste Quadro Comunitário de Apoio (QCA), o dirigente referiu que recuperou totalmente.

"Estamos hoje com uma execução que é superior à média comunitária e vamos terminar este ano com uma execução de mais de 90% do Proder", disse.

O presidente da CAP referiu ainda que a agricultura está de parabéns porque conseguiu investir nos últimos anos sempre mais do que mil milhões de euros por ano neste QCA.

"Vamos com 7,2 mil milhões de euros investidos, o que é muito bom, e estamos a falar de 34 mil projetos já financiados, cujos resultados estão aí, com o aumento das exportações, diminuição das importações e até com o aumento de algum trabalho qualificado", sublinhou João Machado.

O presidente da CAP disse que estes resultados "demonstram que a agricultura é um setor económico importante e que em alturas de crise normalmente revela-se como sendo o mais importante e o mais estruturante de todos", concluiu.

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