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Costa quer país "no pelotão da frente" e critica "cassete do crescimento"

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje o objetivo de colocar Portugal no "pelotão da frente" da União Europeia e acusou a direita de distorcer a evolução da economia portuguesa recorrendo à "cassete do crescimento".

Costa quer país "no pelotão da frente" e critica "cassete do crescimento"
Notícias ao Minuto

16:22 - 28/04/22 por Lusa

Economia OE2022

"O nosso objetivo é, desde a adesão à União Europeia, como muito bem sintetizou numa frase feliz então o professor Cavaco Silva, é que nós queremos estar no pelotão da frente", declarou António Costa, durante o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022, na Assembleia da República.

"Queremo-nos aproximar dos que estão mais desenvolvidos, dos que crescem mais, dos que são mais prósperos, é desses que nós nos queremos aproximar. É essa trajetória de crescimento e de convergência que, felizmente, neste ano de 2022 já retomaremos e também agora voltaremos a crescer mais do que a média da União Europeia já neste ano de 2022", acrescentou.

Em resposta a um pedido de esclarecimento do líder parlamentar PS, Eurico Brilhante Dias, o primeiro-ministro voltou a rejeitar que a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo tenha "austeridade escondida" e realçou que contém medidas como o aumento extraordinário de pensões, a redução de IRS para jovens.

"Um Orçamento que aumenta 38% o investimento público não, não é, aqui nem em parte nenhuma do mundo um Orçamento de austeridade", sustentou.

Depois, António Costa considerou que "a direita tem uma nova cassete, que é a cassete do crescimento" e observou: "Vocês é que ficaram congelados no tempo, ainda não chegaram ao vinil, mas já estão na cassete".

O primeiro-ministro alegou que "o truque mais clássico é a média dos últimos 20 anos", para "esconder a média dos últimos seis anos" e referiu que "entre 2016, 3017, 2018 e 2019 o país não só retomou a convergência crescendo mais do que a média europeia".

PSD, Iniciativa Liberal, Chega, PCP e BE já anunciaram que irão votar contra a proposta do Governo, na generalidade. Os deputados únicos do Livre e do PAN ainda não divulgaram o respetivo sentido de voto.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 vai ser votado na generalidade na sexta-feira e em votação final global daqui a um mês, em 27 de maio, após um período de debate na especialidade.

Na sua intervenção, Eurico Brilhante Dias recordou a crise política de outubro do ano passado, quando a primeira versão do Orçamento do Estado para 2022 foi rejeitada logo na generalidade, com os votos também dos partidos à esquerda do PS.

"Crise política que os portugueses resolveram e resolveram confiando no PS, confiando em António Costa e confiando uma maioria absoluta para executar o programa e o Orçamento do Estado", disse o socialista.

O líder parlamentar do PS criticou PCP e BE, acusando-os de terem optado por "voltar para a trincheira" e realçou que ambos perderam votação.

"A trincheira é mais pequena, os portugueses responderam ao BE e ao PCP confiando no PS para executar o mais progressista Orçamento do Estado, a mais progressista proposta de Orçamento do Estado que nos últimos anos veio a este hemiciclo", disse.

A nova equipa das Finanças, liderada pelo ministro Fernando Medina, prevê para 2022 uma redução da dívida pública para 120,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em relação aos 127,4% registados em 2021 e uma descida do défice para 1,9% do PIB, meta revista em baixa face aos 3,2% previstos em outubro.

A proposta de Orçamento mantém a previsão de taxa de desemprego de 6% para este ano, o que constitui também uma revisão em baixa face aos 6,5% previstos em outubro.

[Notícia atualizada às 16h46]

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