Óscar Santos, que falava numa conferência organizada pela Ordem dos Economistas de Portugal, classificou os "diáspora bonds" como "uma fonte de financiamento de longo prazo, estável e menos custosa".
País de emigração, em que 90% da diáspora está em Portugal, Estados Unidos da América, França Holanda e Itália, para levar avante este projeto, as autoridades identificaram seis pontos-chave: envolvimento das embaixadas e consulados, 'road shows', estrutura de governação, criação de base de dados socioeconómicos da diáspora, identificação de 'influencers' junto da diáspora e garantia de continuidade do programa.
Os "diáspora bonds" visam as segunda e terceira geração de emigrantes, precisou Óscar Santos, que não avançou mais detalhes sobre este projeto.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.
O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB.
O Governo cabo-verdiano admite que a economia possa ter crescido 7,2% em 2021, impulsionada pela retoma da procura turística, e prevê 6% de crescimento em 2022.
As previsões poderão ainda ter de ser ajustadas face à conjuntura internacional de escalada de preços de energia e alimentos, provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
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