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ONU. Portugal defende trabalho conjunto na prevenção de conflitos

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, defendeu na segunda-feira, em Nova Iorque, um trabalho conjunto entre países na prevenção de conflitos e a necessidade de compromissos de financiamento regular para esse fim.

ONU. Portugal defende trabalho conjunto na prevenção de conflitos
Notícias ao Minuto

06:40 - 26/04/22 por Lusa

Economia ONU

Em entrevista à Lusa, na sede da Missão de Portugal junto da Organização das Nações Unidas (ONU), o governante deu detalhes da sua participação numa série de reuniões integradas nos Fóruns de Financiamento para a Consolidação da Paz e o de Financiamento para o Desenvolvimento, na segunda-feira, destacando o simbolismo de ser "o dia da celebração do início da democracia em Portugal, (...) sobretudo neste ano em que já temos mais dias de democracia do que tínhamos de ditadura".

Em relação ao Financiamento para o Desenvolvimento, Francisco André frisou tratar-se de um tema "cada vez mais essencial", em que o apoio de Portugal não se consubstancia apenas nas suas contribuições financeiras, mas também no alinhamento do trabalho e das prioridades em matéria de cooperação, principalmente em prol dos países que mais necessitam, como "países menos avançados, pequenos Estados insulares, e países de rendimento médio-baixo".

Face ao Financiamento para a Consolidação da Paz, o secretário de Estado defendeu a necessidade de se trabalhar em conjunto com os países onde existem conflitos e onde há a intenção de se prevenir essas hostilidades.

"Isso significa trabalhar com as instituições e com as pessoas localmente mais envolvidas. Ou seja, temos que deixar o sistema onde os países entendem que já sabem tudo e que vão para outros países implementar aqueles que são os seus objetivos. Não, nós temos que trabalhar nesses países, em conjunto com esses países, com o envolvimento de todos", defendeu o português.

Francisco André advogou também que os países passem a assumir compromissos com o financiamento dos mecanismos de consolidação da paz e da prevenção de conflitos, no sentido de se alcançar uma maior coordenação e uma articulação significativa nessa matéria.

"É muito importante que a reunião de alto nível desta semana possa produzir resultados nesse sentido. Um mandato claro sobre o que é que pretendemos atingir em termos de financiamento regular, ou seja, mais do que as contribuições voluntárias que são decididas por cada Estado, é necessário assumirmos compromissos e vincularmo-nos a esse compromisso para que estes mecanismos, o sistema e as agências das Nações Unidas, possam ter expectativas de financiamento regular, frequente, e possam planear com antecipação a sua agenda e a sua capacidade de trabalho", reforçou.

O secretário de Estado observou que esta sua deslocação às Nações Unidas acontece num "momento internacional bastante complexo" devido à guerra na Ucrânia, avaliando tratar-se de uma "invasão que é injustificada e ilegal, que é contrária ao direito internacional".

"Sobre isso, a posição de Portugal é bastante clara e diria mesmo inequívoca, ou seja, nós não só condenamos veementemente, no âmbito das Nações Unidas e em todos os fóruns multilaterais onde Portugal participa, a ação da Rússia na Ucrânia, como apelamos a que haja uma cessação imediata desta invasão e desta agressão", disse.

O governante evidenciou a solidariedade que Portugal tem apresentado à Ucrânia e ao povo ucraniano, que se tem materializado não apenas em equipamento militar, mas também no acolhimento e na integração de refugiados.

"Neste momento, já há 33 mil ucranianos que tiveram que sair do seu país e que se encontram em Portugal a tentar refazer as suas vidas. Têm sido muito bem acolhidos no nosso país. Já há mais de 2.500 crianças ucranianas a estudar em escolas portuguesas", destacou.

Contudo, a deslocação do secretário de Estado às Nações Unidas não se fica por aqui, com o político a salientar que a Conferência dos Oceanos e o Dia Mundial da Língua Portuguesa estiveram também em foco nas suas intervenções.

"Esta viagem tem ainda dois outros significados particularmente relevantes para Portugal: um é chamar a atenção e explicar a todos os responsáveis das Nações Unidas o trabalho que estamos a fazer em conjunto para a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, coorganizada por Portugal e pelo Quénia em junho e que vai ter lugar em Lisboa, onde temos uma mensagem política clara, ambiciosa e objetiva para a proteção dos oceanos, mas também para os oceanos como motor do desenvolvimento económico de muitos países", afirmou.

"E depois, porque daqui por muito poucos dias, no dia 05 de maio, iremos celebrar aquilo que é o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Um marco muito importante instituído pela Unesco e ao qual atribuímos muito valor. Uma língua que é nossa e de todos os países que falam português, uma língua que faz parte das cinco mais faladas no mundo, com cerca de 260 milhões de falantes e que é uma língua que nós consideramos uma língua de futuro, de negócios e também uma língua de desenvolvimento económico", frisou Francisco André.

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