"Nós olhamos para os números da inflação. (...) Se a situação perdurar, como se pensa atualmente, há fortes probabilidades de as taxas subirem até ao fim do ano", disse Lagarde numa entrevista à CNBC.
Os bancos centrais em todo o mundo têm começado a subir as suas taxas de juro com o objetivo de conter a inflação, que aumentou ainda mais após o início da guerra na Ucrânia. O BCE tem resistido a esta tendência, mas tem estado sob pressão para iniciar essa subida.
A instituição liderada por Lagarde indicou que só começa a subida dos juros depois de terminar o atual programa de compra de ativos, o que deve acontecer no terceiro trimestre deste ano.
Hoje, Lagarde precisou que é provável que seja no terceiro trimestre, mas "cedo".
Na quinta-feira, a líder do BCE tinha afirmado que o momento para a subida das taxas de juro dependeria dos indicadores económicos, depois de o vice-presidente da instituição, Luis de Guindos, ter admitido que podia ser em julho.
Na zona euro, a inflação atingiu um recorde de 7,5% em março, bem acima do objetivo de 2% definido pelo BCE.
O BCE tem vindo a referir que uma subida das taxas de juro, a primeira desde 2011, deverá acontecer "algum tempo após" o fim das compras de dívida.
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