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Energia: Governos sob pressão para implementar medidas de alívio

O diretor de assuntos orçamentais do FMI, Vítor Gaspar, alertou hoje que a guerra na Ucrânia está a ter impacto nos preços da energia, salientando que os governos estão sob pressão para implementar medidas de alívio aos cidadãos.

Energia: Governos sob pressão para implementar medidas de alívio
Notícias ao Minuto

15:11 - 20/04/22 por Lusa

Economia Vítor Gaspar

"Há duas consequências económicas globais da invasão da Ucrânia pela Rússia que se tornaram prementes: preços elevados dos alimentos e preços elevados da energia. Os preços dos alimentos e da energia estavam em tendência de alta antes do início da guerra, mas a guerra colocou achas na fogueira", afirmou hoje Vítor Gaspar, em conferência de imprensa, no âmbito da apresentação do Monitor Orçamental.

Segundo o ex-ministro das Finanças português, os elevados preços da energia apresentam características diferentes dos também elevados preços dos alimentos.

"Os governos estão sob pressão para dar alívio aos cidadãos, mas a resposta política precisa considerar não apenas as restrições orçamentais, mas também a crise climática iminente", disse.

Para Vítor Gaspar são necessárias "políticas cuidadosamente calibradas" para aliviar o impacto da alta de preços sobre as pessoas e empresas vulneráveis, ao mesmo tempo que atuam de forma eficaz, com vista às metas de 2030.

O diretor de assuntos orçamentais do FMI destacou que os choques dos preços de alimentos estão a afetar todos os países, mas estão a ameaçar particularmente as famílias e países de baixos rendimentos.

Alertou que esses países têm menos espaço orçamental para enfrentar o choque e são particularmente vulneráveis, sublinhando que a parcela dos gastos das famílias com alimentos chega a 60% em alguns destes países.

"Os governos devem cumprir o papel especial de proteger a população", disse, sobretudo da fome.

Para o responsável do FMI, a combinação certa de políticas depende das circunstâncias do país, mas defendeu que sempre que possível, estes devem fazer transferências direcionadas e temporárias aos vulneráveis, permitindo que os preços se ajustem, o que irá ajudar a estimular a oferta adicional e evitar a escassez.

No entanto, acrescentou que nos países onde as redes de segurança social e sistemas de informação são menos completos, podem ser consideradas outras medidas, desde que sejam tão direcionadas quanto possível e devem incluir cláusulas de caducidade claras.

Leia Também: Fesap lamenta que Governo tenha decidido manter "culto do défice"

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