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EDP Brasil aguarda para definir futuro em distribuidora de energia no sul

Num impasse sobre distribuição de dividendos, a EDP Brasil vai aguardar pela próxima assembleia de acionistas da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) para decidir o futuro de sua posição nesta distribuidora de energia brasileira, da qual é acionista.

EDP Brasil aguarda para definir futuro em distribuidora de energia no sul

© Fundação EDP

Lusa
19/04/2022 19:44 ‧ há 3 anos por Lusa

Economia

EDP

"A assembleia geral da Celesc será no dia 29 de abril (...) é o momento para definir a política de dividendos (...) As empresas têm que ter uma política de dividendos, que seja estável, que seja coerente, que atraiam os acionistas", frisou João Marques da Cruz.

O presidente da EDP Brasil confirmou à Lusa a possibilidade de a EDP Brasil vender a sua participação (29,9%) na Celesc, caso o impasse sobre o pagamento de cerca de 1,2 mil milhões de reais (238 milhões de euros, na cotação atual) em dividendos aos acionistas da companhia não seja superado.

"Foi-me perguntado se eu admitia que pudéssemos sair da Celesc, é evidente que admito. Não desejo. Desejo resolver o assunto e ficar", afirmou o presidente da EDP Brasil.

Marques da Cruz defendeu que a EDP Brasil tem uma política de dividendos e considera que a Celesc, como uma empresa participada, também deve ter uma política para distribuir os lucros entre os seus acionistas no futuro e "uma solução para os lucros não distribuídos".

"O valor é aquele que referi, aproximadamente 1,2 mil milhões de reais que estão no balanço da Celesc e pertencem aos seus acionistas todos, incluindo a EDP Brasil", acrescentou.

"Nós somos o maior acionista individual da Celesc com quase 30% - o governo [do estado brasileiro de Santa Catarina] tem pouco mais de 20% -, mas enfim, de acordo com as regras [o governo regional] tem o domínio da empresa, nós respeitamos as regras totalmente, mas os acionistas gostam que as empresas tenham políticas de dividendos", destacou.

A Celesc prevê distribuir o mínimo de lucro aos seus acionistas, ou seja, 25% do lucro reservado, o que desagrada à EDP Brasil.

Questionado sobre o que estaria dificultando a resolução do impasse entre a EDP Brasil, demais acionistas e o governo 'catarinense', Marques da Cruz frisou que é necessário que aqueles que controlam a empresa compreendam que é uma sociedade aberta, cotada e com acionistas.

"Quando isto acontece as empresas têm uma obrigação fiduciária com os acionistas que é distribuir dividendos de uma maneira razoável. No passado não tem sido assim, esperamos que o futuro seja melhor e, como disso, dia 29 a EDP Brasil dirá seus posicionamentos, sempre construtivos", informou o presidente da EDP Brasil.

"Acreditamos que os outros acionistas, quer o estado [de Santa Catarina] o segundo em direitos económicos, quer os outros acionistas minoritários, que compreendam os nossos posicionamentos e que seja possível chegar a um acordo porque tal como eu disse nosso desejo é continuar na Celesc a longo prazo, mas nós temos que ter uma remuneração do investimento feito", concluiu.

A EDP Brasil é controlada pelo grupo EDP (com 56% de participação), e registou lucros de 2,2 mil milhões de reais (cerca de 436 milhões de euros, na cotação atual) em 2021, mais 43,2% do que em 2020 (1,5 mil milhões de reais ou 297 milhões de euros).

A empresa prevê divulgar os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2022 em 04 de maio.

Leia Também: Produção hídrica da EDP cai 64% no primeiro trimestre devido à seca

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