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Um terço das PME de Macau despediu trabalhadores

Quase um terço das Pequenas e Médias Empresas (PME) de Macau despediu trabalhadores devido ao impacto da pandemia de covid-19, sendo que perto de 10% ponderam fechar portas, segundo um inquérito divulgado hoje.

Um terço das PME de Macau despediu trabalhadores
Notícias ao Minuto

12:32 - 19/04/22 por Lusa

Economia Macau

Entre as 504 PME que responderam ao inquérito lançado pela Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau, 31,5% recorreu ao despedimento, enquanto 31,1% impôs aos funcionários licenças sem vencimento.

A percentagem de PME que despediu trabalhadores sobe para 53,7% no setor do turismo e entretenimento, que inclui agências de viagens e hotéis, sublinhou a vice-presidente executiva da associação, Melinda Chan Mei Yi.

Isto porque 87,9% das PME de Macau registou uma quebra nas receitas devido à covid-19, uma redução que em média foi de 49,4%, em comparação com os níveis registados antes da pandemia.

Mais de 70% das PME acredita que a economia da região chinesa irá demorar pelo menos um ano a regressar aos níveis de 2019 e por isso quase 10% das PME pondera fechar portas.

O inquérito foi feito entre 25 de fevereiro e 11 de março, numa altura em que a China -- a única fonte de turistas para Macau -- registava um número baixo de casos locais de covid-19. Atualmente, o país enfrenta a maior vaga de infeções desde o início da pandemia.

"Acredito que a confiança das PME de Macau nos negócios é agora ainda pior", disse Melinda Chan.

Em 2019, Macau acolheu quase 40 milhões de visitantes e mais de 72% das PME defende que o regresso do turismo de massas seria um fator vital para a retoma económica.

Macau mantém as fronteiras fechadas a não-residentes, permitindo apenas a entrada sem quarentena de visitantes vindos da China continental, embora com restrições a excursões organizadas e viagens em grupos.

O inquérito admite que o Governo da cidade "tem pouco espaço de manobra para fazer seja o que for" para aumentar o número de turistas, algo que depende "das políticas" da China continental.

Melinda Chan defendeu que é necessário dar mais apoios financeiros às PME para evitar "uma crise de desemprego".

O desemprego entre os residentes de Macau atingiu 4,3% em fevereiro, o valor mais elevado desde o final de 2009. Mas, Melinda Chan disse temer que o valor oficial esteja "já muito abaixo da situação real atual".

A antiga deputada é também diretora executiva da Macau Legend, que opera, de forma independente, vários chamados 'casinos-satélites', sob a alçada da concessionária SJM.

A nova lei do jogo, atualmente a ser discutida na Assembleia Legislativa, vai dar três anos para que os 'casinos-satélites' estejam "localizados em bens imóveis pertencentes às concessionárias".

O inquérito defendeu que a nova lei vai obrigar ao encerramento de muitos dos 'casinos-satélites' e agravar a situação do desemprego.

Leia Também: Macau só tem um curso superior para reclusos e não contempla mulheres

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