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Novobanco: DBRS mantém rating em 'lixo' mas melhora perspetiva

A agência de 'rating' DBRS manteve o 'rating' do Novo Banco em 'B (elevado)', ainda grau de não investimento (vulgarmente designado 'lixo'), mas alterou a perspetiva de negativa para estável, disse hoje em comunicado.

Novobanco: DBRS mantém rating em 'lixo' mas melhora perspetiva
Notícias ao Minuto

14:31 - 14/04/22 por Lusa

Economia novobanco

A agência de 'rating' justifica a mudança na perspetiva com a melhoria da rentabilidade do banco (lucros de 184,5 milhões de euros em 2021) e da qualidade dos ativos, depois de o desempenho do Novo Banco em 2021 ter sido melhor do que era esperado.

Ao mesmo tempo, indica, o banco continua a executar o seu plano de reestruturação e a reduzir crédito malparado e outros ativos problemáticos.

"Pela primeira vez, o banco foi rentável em 2021. Contudo, o 'rating' continua a refletir o elevado 'stock' de crédito malparado e os modestos rácios de capital", afirma a DBRS.

O Novo Banco tinha 1.749 milhões de euros em crédito malparado no fim de 2021, ainda assim menos 30% do que em 2020. O rácio de capital CET 1 era de 11,1% em fim de 2021 (10,9% em 2020) e rácio de solvabilidade total de 13,1% (12,8% em 2020).

O Novo Banco teve lucros de 184,5 milhões de euros em 2021, no primeiro ano que apresentou resultados positivos desde a sua criação em agosto de 2014 (na resolução do BES), que comparam com prejuízos de 1.329,3 milhões em 2020.

Quando anunciou os lucros de 2021, em março, o banco anunciou também que vai pedir mais uma injeção de capital de 209 milhões de euros ao Fundo de Resolução bancário. Já o Fundo de Resolução considera que "não é devido qualquer pagamento" relativamente a 2021.

Esta quarta-feira, na apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2022, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que "não está prevista nenhuma transferência para o Novo Banco".

Em final de março foi conhecido que António Ramalho vai sair da presidência executiva do Novo Banco em agosto, depois de o gestor ter comunicado essa intenção ao Conselho Geral e de Supervisão do banco.

António Ramalho chegou à liderança do Novo Banco em agosto de 2016 (sucedendo a Eduardo Stock da Cunha) e manteve-se mesmo após a compra de 75% do Novo Banco pelo fundo de investimento norte-americano Lone Star.

Desde então, entre várias polémicas, tem sido o rosto da defesa do uso pelo banco do dinheiro do mecanismo de capitalização acordado nessa compra. Até ao momento, o Novo Banco já consumiu 3.405 milhões de euros de dinheiro público ao abrigo desse acordo, do máximo de 3.890 milhões de euros possíveis.

Ramalho também deu a cara pelo processo de reestruturação do Novo Banco, incluindo a saída de milhares de trabalhadores.

Em janeiro, a relação entre o presidente executivo do Novo Banco e o ex-presidente do Benfica e devedor do Novo Banco Luís Filipe Vieira foi questionada e surgiram dúvidas sobre a idoneidade de António Ramalho.

Então, foram divulgadas na imprensa conversas telefónicas entre Ramalho e o ex-administrador do Novo Banco Vítor Fernandes (atual presidente da SIBS), em que o presidente executivo do Novo Banco disse estar a agendar uma reunião com o então presidente do Benfica para o "preparar" para a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Novo Banco.

Desde então, António Ramalho tem dito que a sua idoneidade "é avaliada em permanência" e que não deve fazer mais comentários.

Ainda assim, no início de março, em conferência de imprensa, questionado sobre o tema que levou mesmo o Banco Central Europeu (BCE) a investigar a sua relação com Vieira, o gestor disse que não há fotografias suas com o ex-presidente do Benfica.

"Não há fotografias minha com Luís Filipe vieira e deve haver fotografias dele com toda a gente", afirmou.

Leia Também: CGTP quer mais investimento público e respostas para trabalhadores

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