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Empresas preveem prejuízos de milhões por inspeções na fronteira do Texas

Vinte associações empresariais mexicanas denunciaram na terça-feira que as inspeções de segurança impostas pelo Estado norte-americano do Texas estão "a interromper" o fluxo de mercadorias na fronteira, o que pode causar "prejuízos de milhões de dólares".

Empresas preveem prejuízos de milhões por inspeções na fronteira do Texas
Notícias ao Minuto

06:43 - 13/04/22 por Lusa

Economia México

Numa carta enviada à imprensa e dirigida à "opinião pública" do México e dos Estados Unidos, os empresários mexicanos dirigem-se ao governador do Texas, Greg Abbott, para alertar que as "inspeções extraordinárias", que levam vários dias, estão a causar "tempos de espera extremamente elevados, que oscilam entre seis e 12 horas", o que põe em risco os circuitos de abastecimento.

"As transportadoras de ambos os lados da fronteira estão a sofrer as consequências nos acessos às pontes internacionais de comércio", sublinha o texto.

As associações empresariais do norte do México afirmam entender "o propósito" destas inspeções, mas advertem que elas estão "a afetar gravemente a troca de mercadorias", pondo em risco a cadeia de abastecimento e causando "prejuízos milionários no comércio internacional".

Segundo os empresários, os pontos "mais afetados" por esta medida "extraordinária" são a Ponte do Comércio Mundial, em Nuevo Laredo, a Ponte Internacional Colômbia, em Nuevo León, e a Ponte Internacional Pharr-Reynosa.

Na carta endereçada ao governador do Texas, pedem-lhe "respeitosamente" que autorize o fluxo de veículos comerciais e "acelere" as inspeções de mercadorias e de embarques para não aumentar os "tempos de transporte".

A missiva recorda que o comércio entre os dois países se cifra em cerca de um milhão de dólares por minuto e que o Texas "representa mais de 50% desse comércio".

"Esperamos obter, com esta exposição, a atenção e solução para este problema. Somos países irmãos com objetivos semelhantes, encontremos as soluções juntos", concluem.

Organismos como o Conselho Mexicano de Comércio Externo (Comce) em Laredo e Tamaulipas, a Câmara de Comércio de Laredo, a Associação de Agentes Aduaneiros de Reynosa e a Câmara Nacional da Indústria de Transformação (Canacintra) em Matamoros assinaram a carta.

Abbott anunciou na semana passada que todo o tráfego comercial do México para o Texas seria submetido a inspeções por funcionários estaduais, depois de passar uma inspeção federal nos postos de entrada nos Estados Unidos.

Tal medida fez com que os tempos de espera para os camiões que chegam à fronteira carregados de produtos agrícolas se prolonguem por mais 30 horas, nalguns casos.

Na segunda-feira, camionistas mexicanos bloquearam, em sinal de protesto, a Ponte Internacional de Pharr, que liga à cidade mexicana de Reynosa, depois de alguns deles terem ficado retidos durante 16 horas.

O vice-presidente do Comité Financeiro do Senado do Texas, Hinojosa, disse que a Ponte de Pharr geralmente processa 3.000 camiões por dia, mas que, desde que a nova norma sobre as inspeções começou a ser aplicada, na passada quinta-feira, apenas cerca de 300 camiões por dia conseguiram atravessar fronteira.

Entre as disposições aprovadas na quarta-feira passada em resposta à decisão do Governo do Presidente norte-americano, Joe Biden, de levantar a norma sanitária que permitia expulsar imigrantes ilegais devido à pandemia de covid-19, Abbott -- conhecido pelas suas posições ultraconservadoras -- ameaçou enviar os imigrantes detidos em autocarros para Washington D.C..

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