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Governo tem de baixar fiscalidade às empresas, defende CCP

Aumento de salários não é solução para responder à inflação, entende João Vieira Lopes.

Governo tem de baixar fiscalidade às empresas, defende CCP

João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), defendeu, esta segunda-feira, que o Governo tem de baixar a fiscalidade às empresas face ao cenário económico que se avizinha e considerou que o problema da inflação não se resolve com o aumento de salários.

À saída da reunião da Concertação Social convocada pelo Governo para discutir com os parceiros sociais o Orçamento do Estado para 2022, Vieira Lopes disse que as “explicações” dadas pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, foram “genéricas” e “não adiantaram muito”. Apesar de considerar que as medidas “são positivas”, o responsável diz que é preciso ver o “detalhe” e como as medidas vão impactar determinados setores. 

“Nós pensamos que, tendo em conta a gravidade da situação que se vive em termos de economia este ano, temos de ter um Orçamento agressivo em termos de fiscalidade que permita às empresas arrancarem. Há neste momento um risco real de perda de poder de compra com a inflação”, começou por dizer.

“As empresas, em especial as Pequenas e Médias Empresas (PME) e as microempresas, não têm capacidade de acompanhar a inflação em termos de aumentos salariais, estão a aumentá-lo mais do que nos anos anteriores mas não é suficiente, e o Governo tem de fazer a sua parte em termos de fiscalidade, seja fiscalidade para as empresas, seja fiscalidade em termos de IRS”, acrescentou.

“E sobre isto, para nós não ficou claro, quais vão ser as opções de fundo do Orçamento”, sublinhou.

O presidente da CCP entende que o problema da inflação não se resolve com aumento dos salários, tendo em conta que a maior parte das empresas não tem capacidade para aumentar salários ao nível da inflação.

“O aumento dos salários está a ser feito acima do que foi feito nos últimos anos, agora não há capacidade da maior parte das empresas, especialmente, refiro, as PME e microempresas e alguns setores, de poderem acompanhar a inflação, senão entramos numa espiral de descontrolo de inflação que prejudica toda a gente. Por isso, o esforço tem de ser repartido entre as empresas e o Estado. O Estado tem de baixar a fiscalidade”, defendeu. 

“O grande tecido empresarial em Portugal são empresas de pequena e média dimensão, cabe ao estado, na nossa opinião, favorecer fiscalmente as empresas para poderem resistir a esta situação e também investir na baixa de impostos para os cidadãos”, argumentou.

“Eu não digo que as empresas não têm margem [para aumentar salários, estão a aumentar já acima dos últimos anos, não têm é capacidade para aumentar salários ao nível da inflação, essa é que é a questão de fundo”, reiterou.

“Neste momento estamos concentrados na área das empresas e é com isso que nos preocupamos. E na área das empresas achamos que o Estado tem de dar um sinal em termos da fiscalidade das empresas e da fiscalidade para os consumidores em geral”, completou.

Leia Também: "Não podemos ser cegos". Inflação não se resolve com aumento de salários

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