Segundo o BdP, "este montante deveu-se, sobretudo, às emissões de títulos de dívida, que excederam as amortizações em 2.600 milhões de euros".
O setor que mais contribuiu para as emissões de títulos terem sido superiores às amortizações foi o setor das administrações públicas, com as emissões a excederem as amortizações em 2.900 milhões de euros.
Nas empresas financeiras as emissões excederem as amortizações em 200 milhões de euros. Já as empresas não financeiras amortizaram mais títulos do que emitiram, no montante de 100 milhões de euros.
Ainda em fevereiro, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes foi de 485,8 mil milhões, menos 3.600 milhões de euros do que em janeiro.
O BdP diz que "esta redução foi essencialmente motivada pelas desvalorizações dos títulos emitidos por residentes, em 6.200 milhões de euros".
Já o valor dos títulos emitidos por empresas não financeiras diminuiu 2.600 milhões de euros, "em resultado das desvalorizações de ações cotadas", e o valor dos títulos emitidos por empresas financeiras aumentou 400 milhões, "impulsionado pelas emissões de títulos de dívida, que mais do que compensaram as amortizações", refere o banco central.
Por seu lado, os títulos emitidos pelas administrações públicas registaram um decréscimo de 1.400 milhões de euros, o que se explica pela desvalorização dos títulos de dívida pública.
Ainda segundo o BdP, do total de 305,9 mil milhões de euros em títulos de dívida 'vivos' no final de fevereiro, estava previsto que, nos 12 meses seguintes, fossem amortizados 43,7 mil milhões de euros (14,3% do total).
As administrações públicas terão de amortizar 9.300 milhões de euros (outubro de 2022), as empresas financeiras 3.400 milhões de euros (julho de 2022) e as empresas não financeiras terão de amortizar 3.700 milhões de euros. Contudo, neste caso, explica o BdP, este valor corresponde sobretudo a papel comercial, que é habitualmente objeto de renovação.
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