Assembleia-geral do Montepio em abril vai decidir nova administração
A assembleia-geral anual do banco Montepio está marcada para 29 de abril, segundo a convocatória disponível no 'site', uma reunião em que será eleita a nova administração para o mandato 2022-2025.
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Economia Montepio
De acordo com o ponto quatro da convocatória, a reunião de acionistas vai "deliberar sobre a eleição dos titulares dos cargos e órgãos sociais da Caixa Económica Montepio Geral", uma vez que o atual mandato terminou em 2021.
Questionada sobre qual a proposta para a nova administração, fonte oficial afirmou que o banco não comenta.
O banco Montepio tem como presidente do Conselho de Administração ('chairman') Carlos Tavares. O jornal 'online' Eco publicou, em final de 2021, que Carlos Tavares tinha comunicado ao Conselho de Administração do banco a intenção de deixar as funções de 'chairman' com o fim do mandato.
O presidente executivo do banco é Pedro Leitão (tomou posse em 2020).
Já os administradores executivos são Dulce Mota, Helena Pina, Jorge Baião, José Mateus, Leandro Silva, Nuno Mota Pinto e Pedro Ventaneira. Como administradores não executivos, o Montepio tem Manuel Teixeira, Amadeu Paiva, Carlos Alves, José Pereira, Pedro Alves e Vítor Martins.
Quanto aos outros órgãos sociais, a mesa da assembleia-geral é constituída por António Tavares e Cassiano Calvã, a Comissão de Auditoria por Manuel Ferreira Teixeira, Amadeu Paiva, Carlos Alves, José Pereira e Vítor Martins, a Comissão de Riscos por Vítor Martins Carlos Alves, Amadeu Paiva e Manuel Teixeira.
A Comissão de Remunerações, Nomeações e Avaliações é constituída por José Pereira, Amadeu Paiva e Carlos Alves e a Comissão de Governo Societário, Ética e Sustentabilidade por Carlos Tavares, Carlos Alves, José Pereira e Pedro Alves. Por fim, o Revisor Oficial de Contas do triénio 2019-2021 é a PricewaterhouseCoopers (PWC).
A assembleia-geral marcada para 29 de abril (às 15:00 no auditório do edifício da Rua do Ouro, em Lisboa) irá ainda deliberar sobre as contas de 2021, sobre a proposta de afetação de resultados, sobre a política de remunerações, sobre o revisor oficial de contas, entre outros pontos.
O banco Montepio teve lucros de 6,6 milhões de euros em 2021, que comparam com prejuízos de 80,7 milhões de euros em 2020.
Segundo a instituição detida pela Associação Mutualista Montepio Geral, se fossem excetuados os custos do programa de redução de pessoal o resultado líquido consolidado teria sido positivo em 21,8 milhões de euros.
Em 2021, o Montepio reduziu 243 trabalhadores em 2021 e fechou 37 balcões (no final do ano tinha 3.478 funcionários e 254 agências).
O banco Montepio é detido maioritariamente pela Associação Mutualista Montepio Geral.
A mutualista teve lucros de 44,6 milhões de euros em 2021, segundo informação divulgada a semana passada, invertendo a tendência de prejuízo dos últimos anos (prejuízos de 17,9 milhões de euros em 2020 e de 408,8 milhões de euros em 2019).
Citado em comunicado, o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Virgílio Lima, disse que "o virar de página que foi, finalmente, alcançado ao longo do último ano permitiu recolocar o maior grupo mutualista português no rumo do crescimento sustentado".
Segundo o relatório e contas, já disponível no 'site' da mutualista, a auditora PwC continua a apresentar reservas às contas da mutualista por dúvidas na contabilização de ativos por impostos diferidos (de 886,8 milhões de euros em 2021), o que influencia os resultados positivamente.
"Tendo por base as projeções apresentadas pela administração e as condições previstas na referida norma, a entidade não demonstra capacidade para gerar resultados tributáveis suficientes que permitam recuperar parte substancial dos ativos por impostos diferidos registados", diz a PWC, que considera assim que os ativos por impostos diferidos, os capitais próprios e os resultados "encontram-se sobreavaliados por um montante materialmente relevante".
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