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Viagens mais caras: TAP vai aumentar sobretaxa de combustível
Companhia aérea justifica a medida com o aumento do preço do 'jetfuel', aquele que é "um dos principais fatores de custo na aviação". Companhia aérea diz que, a curto prazo, é "inevitável" que os preços das viagens aumentem.
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Economia TAP
A TAP anunciou esta quinta-feira que vai aumentar a taxa YQ - conhecida como taxa de combustível - devido ao aumento do preço do 'jetfuel', aquele que é "um dos principais fatores de custo na aviação". Companhia aérea diz que, a curto prazo, é "inevitável" que os preços das viagens aumentem.
Em comunicado enviado às redações, a TAP explica que a medida é tomada "em consonância com outras grandes companhias aéreas".
"Alguns analistas preveem para o sector da aviação um impacto 'extremo' causado por este aumento brutal do combustível, mas acredita-se que, a longo prazo, a situação poderá estabilizar. No entanto, a curto prazo, é inevitável que os preços das viagens aumentem", pode ler-se no mesmo comunicado.
A companhia aérea portuguesa acrescenta que "quer manter a sua competitividade e continuará a acompanhar a evolução da situação em permanência, tomando as medidas mais adequadas em matéria de preços para cada momento e em cada rota específica".
Ainda assim, sublinha que os "preços terão sempre de manter o equilíbrio, para que não reduzam a procura de viagens, assegurando ao mesmo tempo a sustentabilidade dos voos operados pela TAP".
A partir de 27 de março, a TAP vai repor cerca de 90% da capacidade da oferta registada antes da pandemia, "com a expectativa de que a procura acompanhe este aumento da oferta".
A RENA - Associação Representativa das Companhias Aéreas em Portugal admitiu na quarta-feira que, se o preço do combustível para aviões se mantiver elevado, "é razoável esperar" que se reflita nos resultados das companhias aéreas e nos preços aos clientes.
"Se o preço do combustível para aviões a jato se mantiver tão elevado, então, com o tempo, é razoável esperar que isso se reflita nos resultados das companhias aéreas e, consequentemente, nos preços aos clientes", disse o presidente da RENA, Paulo Geisler, em resposta escrita à Lusa.
Segundo o responsável, "a absorção do aumento do preço dos combustíveis tem sempre um impacto muito grande nos custos" das companhias aéreas, sobretudo numa altura em que a indústria da aviação está ainda a recuperar da crise causada por dois anos de pandemia.
[Notícia atualizada às 15h00]
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