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Riscos aumentam, mas exposição direta de bancos europeus é acomodável

A exposição direta dos bancos europeus à Rússia e à Ucrânia é acomodável, mas os riscos aumentaram para os mais expostos, devido a redução de receitas e aumento de provisões, afirmou a DBRS Morningstar numa análise hoje divulgada.

Riscos aumentam, mas exposição direta de bancos europeus é acomodável
Notícias ao Minuto

14:31 - 16/03/22 por Lusa

Economia DBRS

"O impacto total da invasão da Ucrânia pela Rússia nos bancos europeus vai depender em grande parte da duração do conflito e o efeito subsequente nas economias europeias. Por agora, o ambiente operacional para os bancos europeus tem sido mais desafiante, com maior inflação e preços extremamente voláteis dp petróleo, gás e 'commodities' e a disrupção da cadeia de fornecimento", refere a agência de 'rating'.

A DBRS considera que há três riscos que aumentaram para os bancos europeus: o risco do crédito e dos mercados -- "para os bancos que têm subsidiárias ou exposição interfronteiras à Rússia" -- e o risco operacional para o sistema bancário alargado europeu depois da imposição de sanções a um leque de entidades russas.

A análise refere que a percentagem de receita dos bancos europeus que pode ser afetada "representa, no máximo, 3%", sendo os mais afetados, em termos nominais, o Société Générale (18,6 mil milhões de euros), o Unicredit (13,3 mil milhões de euros) e o Raiffeisen Bank International (12,2 mil milhões de euros) -- ainda que neste último represente 6,4% dos seus ativos totais, à data de setembro de 2021.

A DBRS aponta ainda que os bancos europeus têm reduzido a sua exposição à Rússia desde a anexação da Crimeia por Moscovo, em 2014, enquanto outros vinham a reduzir a sua exposição nos meses anteriores a fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

De acordo com a análise, os bancos europeus estrangeiros totalizavam uma posição consolidada total de 84 mil milhões de dólares no final de setembro de 2021, contra 150 mil milhões de dólares no final de 2013.

A DBRS analisa ainda a presença a longo prazo dos bancos europeus na Rússia, dizendo que é algo que está em "dúvida".

"Desde a invasão, vários bancos europeus anunciaram que vão suspender quaisquer novos negócios com empresas russas. Prevemos que muitos bancos vão reduzir ainda mais ou retirar-se da Rússia dadas as condições para as operações no país", sublinham os autores.

Ao mesmo tempo, os analistas acreditam que o aumento das sanções impostas contra indivíduos e entidades russas aumentaram os riscos operacionais dos bancos europeus.

A Rússia lançou, a 24 de fevereiro. uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou quase 700 mortos civis e mais de 1.100 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de quase cinco milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Conselho da Europa expulsa Rússia. Amnistia considera decisão trágica

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