CCP. Banca não sabe avaliar investimentos em criatividade
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou hoje que a banca não sabe, nem está preparada, para avaliar investimentos em criatividade, "vicio" que disse estender-se ao Estado.
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Economia Banca
"A banca em Portugal não está preparada, nem sabe avaliar. Tem uma cultura de avaliação histórica em ativos reais, mas se alguém quer investir numa empresa da área da criatividade, a banca resolve a questão pedindo uma garantia real do património da pessoa. Não tem vocação, nem história nesse sentido", apontou João Vieira Lopes, que falava, em Lisboa, na conferência "Portugal: Objetivo Crescimento", organizada pela Ordem dos Economistas.
Para o líder na CCP, mais grave ainda é o próprio Estado ter este "vício", dando como exemplo a forma como estão construídos os regulamentos dos fundos europeus.
A banca não está assim preparada para a nova fase da economia, referiu, acrescentando que, atualmente, não são vendidos produtos, mas pacotes de produtos e serviços que precisam de investimento.
"Não é fácil fazer um investimento no nosso sistema para comprar 'software', mas é fácil para comprar um computador, o que é caricato porque fica obsoleto passados seis meses", precisou.
João Vieira Lopes disse ainda ver como "pouco ambicioso" o modo como a internacionalização está a ser apresentada em Portugal, notando que os objetivos de exportação bruta têm uma "visão muito limitada".
Portugal tem interesse em aumentar a sua exportação bruta, mas a ambição deve centrar-se "no valor acrescentado que se conseguirá com essa exportação", concluiu.
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