Turismo do Norte avisa que guerra é "dramática" e pede compensações

O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) classificou hoje de "dramático" e "péssimo" o impacto da guerra na "indústria da paz", bloqueada dois anos com a pandemia, pedindo ao Governo "compensações" para o setor turístico.

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© Diego Delso / Wikipedia

Lusa
11/03/2022 17:12 ‧ 11/03/2022 por Lusa

Economia

Turismo do Porto e Norte

Em entrevista à agência Lusa a propósito do impacto da guerra na Ucrânia no setor turístico da região Norte de Portugal, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, assume que se nas próximas semanas não houver "boas notícias", a expectativa é "muito pessimista", tanto em termos humanitários, como para a economia e para a vida das pessoas.

"Nós somos e gostamos de nos apresentar como a indústria da paz. Para a indústria da paz, estar a receber uma guerra é de facto dramático. E também pelos efeitos que vai ter na economia e na vida das pessoas", declarou Luís Pedro Martins, reconhecendo que após dois anos de pandemia da covid-19, que fez "bloquear completamente o setor do turismo", tudo o que "não era desejado era uma guerra".

Com a atual escalada do preço dos combustíveis, o presidente da TPNP faz um apelo ao Governo para que encontre uma "forma de compensação" do setor turístico, designadamente na área dos transportes rodoviários e ferroviários, para que o aumento dos preços não se reflita nas viagens dos consumidores.

"Um apelo ao Governo para dar muita atenção a este setor [do turismo], nomeadamente dos transportes, e arranjarmos, da mesma forma que está a haver uma compensação ao consumidor, uma forma de apoiar estas empresas, porque ainda estão a atravessar os efeitos da pandemia e levam agora com um aumento brutal de preços".

Para Luís Pedro Martins, era "importante esse apoio do Governo para que não se refletisse no preço das viagens, que passava a prejudicar toda a fileira do turismo".

Questionado sobre o impacto do aumento dos combustíveis na conectividade aérea e no preço das viagens pelas companhias aéreas, Luís Pedro Martins julga que "nos próximos meses ainda não existirá sinais desse impacto", uma vez que se sabe que as companhias aéreas fazem a negociação de combustíveis com os seus fornecedores por períodos de "três a seis meses", precisamente para poder compensar qualquer oscilação que exista nos preços dos combustíveis.

Se não houver um "fim próximo do conflito", então, considera Luís Pedro Martins, adivinha-se um impacto negativo também no preço das viagens, porque se os preços dos combustíveis aumentam, as companhias passam a comprar mais o combustível mais caro e isso repercute-se no preço das viagens.

Em relação aos transportes rodoviários e ferroviários, a crise da guerra e o aumento dos combustíveis vai passar a sentir-se "já nas próximas semanas", alertou.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Turismo do Centro destaca condições do setor para empregar refugiados

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