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Organizações sindicais criticam postura negocial do Metro de Lisboa

As organizações sindicais que representam os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa repudiam a postura negocial do Conselho de Administração, afirmando estarem disponíveis para discutir o Acordo de Empresa sem a retirada de direitos aos trabalhadores.

Organizações sindicais criticam postura negocial do Metro de Lisboa
Notícias ao Minuto

12:01 - 09/03/22 por Lusa

Economia Sindicatos

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) e a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) referem que na primeira reunião sobre o processo negocial do Acordo de Empresa para o ano de 2022, que decorreu na segunda-feira, a empresa apresentou algumas considerações gerais com as quais os sindicatos não concordam.

A transportadora, descrevem, transmitiu que os índices de procura "continuam abaixo do esperado" e salientou que os "gastos, particularmente com a energia em 2021, aumentaram de forma exponencial".

O Conselho de Administração informou ainda, segundo a nota, que iria colocar um limite de representantes por cada organização representativa dos trabalhadores nas reuniões de negociação, sugerindo igualmente que as reuniões fossem mensais, "uma vez que a nova tutela ainda não tomou posse".

De entre os principais pontos de negociação, relatam as organizações, a administração apresentou a "redução do absentismo, o facilitar a gestão de recursos humanos, a gestão de créditos sindicais, a alteração do subsídio de doença e a alteração do critério da atribuição do subsídio de refeição".

O STRUP e a FECTRANS explicam "não estar de acordo" com a imposição sobre o número de elementos proposto para as reuniões, bem como com o calendário negocial, e recordam que o direito à livre negociação coletiva não pode estar vedado.

Sobre os objetivos principais para a negociação que a empresa apresentou, as organizações sindicais lembram que os trabalhadores do Metro de Lisboa estiveram desde o início da situação pandémica "na linha da frente" e que o serviço "nunca sofreu redução da oferta" neste período, pelo que "repudiam veementemente" a forma de negociar da administração.

"Estamos disponíveis para negociar desde que o objetivo não seja a retirada de direitos aos trabalhadores", refere a nota, acrescentando que foi solicitado à empresa que analisasse melhor a proposta sindical e a discutisse ponto a ponto.

Em resposta à agência Lusa sobre o início das negociações e as críticas das organizações sindicais, o Metropolitano de Lisboa referiu que as expectativas em relação ao processo negocial para o ano de 2022 "foram afirmadas por ambas as partes na reunião protocolar que deu início às negociações diretas".

"Como é natural, no início do processo negocial, é necessário trabalhar no sentido de aproximação das propostas apresentadas pelas partes, de modo a sejam atingidos acordos que respeitem os interesses da empresa e dos seus trabalhadores", disse fonte da transportadora.

Os sindicatos salientam também que o Metropolitano de Lisboa se regula por um Acordo de Empresa (AE) e que esta negociação não pode prolongar-se no tempo: "Não aceitaremos que a empresa evoque a falta de tomada de posse de um novo Governo, porque na verdade existem várias matérias apresentadas na proposta que dependem apenas e só do modelo gestionário que a empresa pretende aplicar, ou seja: com os trabalhadores ou contra os trabalhadores".

Os sindicalistas sublinham que não se pode continuar a aproximar os trabalhadores do salário mínimo nacional, não esquecendo os valores da inflação de 2021 e de janeiro de 2022.

A próxima reunião ficou agendada para o dia 21 de março, ficando fixado o calendário negocial, para já, em reuniões quinzenais.

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