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Lítio: Associação Territórios do Côa "desagradada" com processo

A Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa manifestou "total solidariedade" com os municípios que se têm insurgido contra o processo de prospeção e exploração de lítio e mostrou-se "desagradada" com a forma como este tem sido conduzido.

Lítio: Associação Territórios do Côa "desagradada" com processo
Notícias ao Minuto

10:22 - 07/03/22 por Lusa

Economia Lítio

Almeida, Guarda, 07 mar 2022 (Lusa) - A Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa manifestou "total solidariedade" com os municípios que se têm insurgido contra o processo de prospeção e exploração de lítio e mostrou-se "desagradada" com a forma como este tem sido conduzido.

A Territórios do Côa referiu em comunicado enviado à agência Lusa que na reunião do Conselho de Direção, realizada na sexta-feira, em Vilar Formoso, no município de Almeida, "foi decidida a manifestação pública de total solidariedade com os municípios da região que se têm insurgido em relação ao atual modelo e à forma que tem sido adotada no âmbito do processo de prospeção e exploração de lítio" na região.

"Estando na iminência de avançar o concurso para atribuição de direitos às empresas para que avancem com os trabalhos no terreno, é do entendimento dos órgãos diretivos e associados desta associação que o confronto com os reais riscos e medidas de combate aos mesmos é urgente, como também o é o reforço do diálogo e da cooperação entre os agentes do território e o Ministério do Ambiente", lê-se na nota.

A associação considerou que o momento "apela à premência de esclarecimentos e à união na defesa" dos territórios, e, por isso, está "absolutamente vinculada à defesa dos interesses e da proteção ambiental da sua região de influência".

A Territórios do Côa está, ainda, "claramente desagradada com a forma como tem sido conduzido todo este processo que, se acaso mantiver os atuais contornos, lesará economicamente os proprietários de terrenos onde se possa confirmar rentabilidade à exploração, inviabilizará também investimento público e privado, poderá incorrer em riscos reais no bem-estar e qualidade de vida das populações locais, bem como na dinamização do próprio território para fins turísticos".

A associação "reforça o apelo para que seja retomado o diálogo, clarificadas as posições e as intervenções no território, zelando pela salvaguarda dos interesses das populações locais e da própria atividade económica que possa vir a gerar".

São associados da Territórios do Côa os municípios de Almeida, Mêda, Pinhel, Sabugal, Trancoso (distrito da Guarda) e Penamacor (Castelo Branco).

Integram o Conselho de Direção da associação - que mudou recentemente a sua sede da vila de Almeida para Vilar Formoso -, os autarcas de Almeida (António José Machado), Pinhel (Rui Ventura) e Mêda (João Mourato).

O Ministério do Ambiente anunciou no dia 02 de fevereiro que a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) em áreas com potencial de existência de lítio viabilizou a pesquisa e prospeção em seis zonas, propondo nestes locais uma redução da área inicial para metade.

A decisão de avançar com a prospeção tem sido contestada por autarquias e associações ambientalistas.

A AAE promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia viabilizou as áreas denominadas "Seixoso-Vieiros", que abrange os concelhos de Fafe, Celorico de Basto, Guimarães, Felgueiras, Amarante e Mondim de Basto; "Massueime", que atinge os municípios de Almeida, Pinhel, Trancoso e Mêda; "Guarda-Mangualde C (Blocos N e S)", que inclui Belmonte, Covilhã, Fundão e Guarda; "Guarda-Mangualde E", que abrange Almeida, Belmonte, Guarda e Sabugal; "Guarda-Mangualde W", que inclui Mangualde, Gouveia, Seia, Penalva do Castelo e Fornos de Algodres, bem como "Guarda-Mangualde NW", com Viseu, Penalva do Castelo, Mangualde, Seia, Nelas e Oliveira do Hospital.

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