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Efacec: Grupo DST tem vindo a diversificar a atividade além da construção

O grupo DST, que com a compra dos 71,73% da Efacec nas mãos do Estado se vai tornar no principal acionista da empresa, nasceu nos anos 40, em Braga, e atua sobretudo nas áreas da engenharia e construção.

Efacec: Grupo DST tem vindo a diversificar a atividade além da construção
Notícias ao Minuto

16:35 - 24/02/22 por Lusa

Economia Efacec

Fundado pela família Silva Teixeira, o grupo iniciou a atividade na extração de inertes, tendo fornecido os materiais para a construção do Estádio 1.º de Maio, em Braga, e foi consolidando a sua posição até se tornar num dos grupos nacionais de referência nos setores da engenharia e da construção.

Mais recentemente, foi alargando a sua atividade para áreas de negócio sinérgicas, como o ambiente, energias renováveis, telecomunicações, imobiliário e 'ventures' (investimentos), sendo o objetivo assumido com esta diversificação "atuar de forma complementar" e "abrir novas portas de entrada de negócio para a sua atividade 'core'".

Assim, 30 anos após a fundação lançou-se na sua segunda área de negócio - a metalomecânica -, tendo depois entrado, em 2001, no mercado das energias renováveis, quatro anos depois no setor das águas e ambiente e, em 2008, nas telecomunicações.

Em 2010, o dstgroup deu início à sua estratégia de internacionalização.

Com sede em Braga e mais de 2.000 trabalhadores, o grupo está hoje presente em 25 mercados, desde África à Europa, passando pelos continentes americano e asiático, com projetos internacionais nas áreas de negócio da engenharia e construção, energias renováveis e ambiente.

O grupo DST fechou 2021 com um volume de negócios de 400 milhões de euros, segundo adiantou à Lusa a empresa.

"A nossa origem está ligada a vidas duras e empreendedoras. A nossa origem está ligada à pedra e às pedreiras. A nossa vida continua a ser dura e nós não a estranhamos. Gostamos de desmontar a complexidade como gostamos de enfeitiçar a dureza, como quem virava a pedra a cantos de encantar e de juntar forças para a vencer e a fazer quebrar pelo nosso alinhamento", lê-se numa mensagem do presidente do Conselho de Administração, José Teixeira, no 'site' do grupo.

O Conselho de Ministros aprovou hoje a venda da Efacec ao grupo português DST SGPS, o único a apresentar proposta final à compra dos 71,73% da empresa que estão nas mãos do Estado.

"O Conselho de Ministros tomou a decisão de conclusão do processo de privatização a Efacec, depois de 14 meses de processo, tendo concluído pela seleção do Grupo DST para a compra da participação na Efacec", precisou o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, em conferência de imprensa, em Lisboa.

O governante salientou que, na sequência desta decisão, o Grupo DST fará um aporte financeiro para reforçar os capitais próprios da Efacec de 81 milhões de euros.

A operação, precisou João Nuno Mendes, envolverá uma pré-capitalização a ser realizada pela Parpública e financiamento por parte do Banco de Fomento, o que, referiu, "permitirá ao Estado português reaver um conjunto de garantias de Estado que tinham sido prestadas ao longo destes dois anos a financiamentos bancários concedidos à Efacec" e que são na ordem dos 115 milhões de euros.

Desta forma, acentuou, após a assinatura do contrato de venda e na sequência do período de reestruturação da empresa, o Estado poderá manter nesta fase inicial uma participação na Efacec de até 25%.

"Após a assinatura do contrato de venda irá decorrer um período de reestruturação dos capitais próprios da empresa da qual poderá resultar, em virtude da pré-capitalização a ser feita pela Parpública, uma participação para o Estado português de até 25% na Efacec, nesta fase inicial", salientou o secretário de Estado, destacando que "o Estado não pagou qualquer valor pela nacionalização da participação na Efacec".

No final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado das Finanças disse ainda que a proposta do Grupo DST era a melhor, referindo que a minuta final aprovada "permite acautelar os interesses do Estado", considerando também a situação financeira da Efacec.

A conclusão do processo de reprivatização da Efacec, referiu o governante, vai permitir fazer chegar uma mensagem de confiança aos clientes, fornecedores e bancos financiadores da empresa.

Questionado sobre se com este processo de venda estavam acautelados os mais de 2.000 postos de trabalho da Efacec, o secretário de Estado começou por dizer que "tudo o que foi feito pelo Governo" ao longo deste período "foi sobretudo para proteger os trabalhadores", mas ressalvou ser fundamental que a empresa seja competitiva.

"A empresa terá um novo acionista, tem de ser competitiva", disse, sinalizando que a Efacec terá desafios transformacionais, nomeadamente no desenvolvimento de produtos que permitam a transição energética.

"Agora é um momento de desafio", disse, acrescentando que o grupo DST tem um "grande trabalho" pela frente e manifestando-se convicto de que as coisas vão correr bem.

João Nuno Mendes afirmou ainda que o Estado não vai entrar com mais financiamento na Efacec, acentuando que o quadro aprovado (de pré-capitalização pela Parpública, financiamento pelo Banco de Fomento e capitalização pelo novo acionista) é "muito seguro de que a empresa irá viver pelos seus próprios meios e ter uma estratégia ambiciosa".

A Efacec é uma empresa dos setores da energia, engenharia e mobilidade.

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