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Total anuncia investimento de 8,9 mil milhões em projeto do Uganda

O grupo francês TotalEnergies anunciou hoje ter concluído o acordo com Uganda, Tanzânia e o parceiro petrolífero chinês, CNOOC, para um investimento de 10 mil milhões de dólares no projeto de exploração de petróleo ugandês.

Total anuncia investimento de 8,9 mil milhões em projeto do Uganda
Notícias ao Minuto

13:42 - 01/02/22 por Lusa

Economia Total

"Hoje comprometemo-nos a investir 10 mil milhões de dólares [8,9 mil milhões de euros] nos projetos de Tilenga e Kingfisher e no gasoduto de 1.443 quilómetros", que liga o Uganda e a Tanzânia, disse Patrick Pouyanné, presidente do conselho de administração (CEO) da TotalEnergies, numa cerimónia oficial na capital ugandesa, Kampala.

O acordo, denominado Decisão Final de Investimento (DFI), foi assinado cerca de 16 anos após a descoberta de reservas na região do Lago Albert.

"A partir de hoje, com a DFI, o projeto entrará plenamente na fase de construção", acrescentou Pouyanné.

O presidente do gigante petrolífero chinês CNOOC, do Uganda, Chen Zhuobiao, descreveu o dia como "incrível".

"Este momento há muito que era esperado para este setor", afirmou.

A descoberta do petróleo suscitou entre as autoridades ugandesas a esperança de que o país se tornasse um 'Eldorado'.

Sob as águas e nas margens do Lago Albert, uma barreira natural de 160 quilómetros de comprimento, que separa o Uganda da República Democrática do Congo, encontra-se o equivalente a 6,5 mil milhões de barris de petróleo bruto, dos quais cerca de 1,4 mil milhões de barris são exploráveis no estado atual de descoberta.

Porém, o projeto tem sido fortemente criticado pelas organizações ambientais, que dizem que a exploração deixa dezenas de milhares de agricultores sem o acesso às suas terras, além de representar uma ameaça ecológica para a região, rica em biodiversidade.

Um consórcio de organizações não-governamentais (ONG), incluindo a Amigos da Terra França e Survie, levou a TotalEnergies a tribunal, em França, por não ter cumprido as suas obrigações legais de proteção do ambiente e dos direitos das pessoas afetadas pelo projeto.

Em dezembro, o Tribunal de Cassação - o mais alto tribunal francês - decidiu a favor das ONG e de um julgamento do caso em tribunal de direito, não num tribunal comercial.

As ONG acusam a TotalEnergies de não levar em consideração os impactos sociais e ambientais de dois megaprojetos, designadamente a perfuração de 419 poços de petróleo perto do lago Alberto, no Uganda, e a construção de um oleoduto de 1.445 quilómetros que cruza este país e a vizinha Tanzânia.

"Estamos conscientes da sensibilidade das áreas onde trabalhamos. Estamos empenhados em deixar uma pegada ambiental positiva", afirmou hoje o CEO da TotalEnergies, Pouyanné.

O grupo Total, um dos cinco "maiores" do mundo, que agora se chama TotalEnergies para sublinhar a sua diversificação, é principalmente ativo na produção de petróleo e gás, está também a desenvolver-se na produção de eletricidade, nomeadamente a partir de fontes renováveis.

A multinacional está presente em Cabo Delgado, norte de Moçambique, com o projeto de exploração de gás, que tenciona retomar este ano após uma suspensão desde março de 2021 devido aos ataques armados na região.

Em outubro de 2019, as ONG intentaram a primeira ação judicial em França com base na legislação relativa ao "dever de vigilância" das multinacionais.

A lei, que entrou em vigor em 2017, obriga qualquer multinacional a "prevenir graves violações dos direitos humanos" e "do meio ambiente" às empresas subcontratadas e fornecedores estrangeiros, através do designado "plano de vigilância".

Leia Também: Redução da dívida pública "é a maior de sempre" em percentagem do PIB

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