Federação sindical exige medidas para travar subida da eletricidade

A Federação sindical das indústrias transformadoras (Fiequimetal) exigiu hoje ao Governo que tome medidas urgentes para impedir a escalada dos preços da energia elétrica, nomeadamente a reabertura das centrais termoelétricas de Sines e do Pego.

Descida do IVA na eletricidade seria "uma excelente notícia"

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Lusa
20/01/2022 14:30 ‧ 20/01/2022 por Lusa

Economia

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"É urgente que o Governo intervenha para impedir a escalada dos preços da eletricidade, por isso exigimos que tome medidas rapidamente nesse sentido e apelamos a que pondere a reabertura das centrais termoelétricas de Sines e do Pego", disse à agência Lusa o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva, após uma conferência de imprensa.

A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), filiada na CGTP, apresentou hoje em conferência de imprensa algumas medidas e orientações que considera que permitiriam controlar os custos da energia elétrica e corrigir os prejuízos da política de transição energética para os trabalhadores e para o país.

Rogério Silva explicou à agência Lusa que a intenção não é a reabertura definitiva das centrais a carvão, mas sim temporária, até ser encontrada uma alternativa para o fornecimento de energia elétrica a preços razoáveis.

"Os preços da energia elétrica atualmente praticados são incomportáveis para a população e para muitas empresas, com repercussões negativas na vida dos seus trabalhadores", disse o coordenador da Fiequimetal, acrescentando que continua a ser mais barato produzir eletricidade a partir do carvão.

O sindicalista considerou que o encerramento da central do Pego foi precipitado porque "o parque instalado em Portugal não é suficiente para assegurar com segurança a rede, só energias renováveis".

Salientou ainda que, face ao elevado aumento da energia elétrica, Espanha reabriu em novembro duas centrais termoelétricas e Portugal devia seguir o exemplo pois "as centrais a carvão podem interferir nos preços, sobretudo quando o preço do gás natural também está a subir muito.

O líder da Fiequimetal lembrou que Portugal importa muita energia elétrica produzida noutros países a partir do carvão e considerou que "isso não faz qualquer sentido, pois prejudica a economia nacional e o emprego".

Rogério Silva referiu, a propósito, o despedimento coletivo em curso de 45 trabalhadores da metalúrgica Cifial, que alegou não conseguir suportar os custos da energia.

Algumas empresas do parque industrial da Autoeuropa estão a pressionar os seus trabalhadores para adaptarem o tempo de trabalho aos períodos em que a energia elétrica é mais barata, ou seja, ao fim de semana, o que considerou mais um prejuízo para os trabalhadores.

A Fiequimetal já pediu uma reunião ao Presidente da República e aos ministros da Economia e do Ambiente para lhes expor as suas reivindicações e ideias.

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