2021 não foi como esperado? "Não devemos ficar tão desapontados"
O governador do BdP defende que os setores que ainda não conseguiram recuperar "têm de ser apoiados até conseguirmos eliminar todos os impactos da pandemia".
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Economia Mário Centeno
O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, disse esta segunda-feira que não devemos ficar "tão desapontados" com 2021, dado que, apesar de a economia não ter sido totalmente protegida, o mercado de trabalho recuperou.
"Não devemos ficar tão desapontados com 2021. Apesar de não termos conseguido proteger totalmente a economia, mesmo com a vacinação, em Portugal atingimos os níveis de emprego pré-pandemia e a recuperação de setores não afetados por ela. Nas nossas previsões para Portugal em 2022, o grande dinamismo vem dos setores que ainda não conseguiram recuperar, como o do turismo, serviços, restauração e hotelaria, que têm de ser apoiados até conseguirmos eliminar todos os impactos da pandemia. Não podemos penalizá-los em nome de uma crise que não é estrutural", disse Centeno, em entrevista ao El País.
O antigo ministro das Finanças defende ainda que o "futuro dependerá muito do sucesso da transição climática e digital e aí os fundos europeus são cruciais", acrescentando que a emissão de dívida comum para financiar os fundos é, na sua opinião, o "maior momento de integração europeia depois do euro".
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