Fundo de Resolução paga 92 milhões em juros ao Estado e aos bancos
O valor dos juros pagos ao Estado foi de 78 milhões de euros, enquanto o montante pago aos bancos ascendeu a 14 milhões de euros.
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Economia Fundo de Resolução
O Fundo de Resolução pagou, esta sexta-feira, juros de 92 milhões de euros ao Estado e às instituições de crédito relativos a empréstimos obtidos em 2014 para financiamento da medida de resolução aplicada ao BES, divulgou o Banco de Portugal (BdP).
Em comunicado, o supervisor diz que "o Fundo de Resolução efetuou hoje o pagamento dos juros devidos ao Estado e a um conjunto de instituições de crédito relativamente aos empréstimos obtidos, em 2014, para o financiamento da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo, S.A.".
O valor dos juros pagos ao Estado foi de 78 milhões de euros, enquanto o montante pago aos bancos ascendeu a 14 milhões de euros.
"Com os pagamentos hoje realizados, o valor de juros pagos pelo Fundo de Resolução ao Estado, desde 2014, totaliza 691 milhões de euros (incluindo também os juros relativos ao empréstimo obtido em 2015 para o financiamento da resolução do BANIF) e o valor de juros pagos aos bancos totaliza 118 milhões de euros", pode ler-se no mesmo comunicado.
A taxa de juro aplicável aos empréstimos, em 2021, foi de 2%.
O BdP recorda que o empréstimo concedido pelo Estado ao Fundo de Resolução foi de 3.900 milhões de euros.
Já o empréstimo concedido por sete instituições de crédito (Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Banco BPI, Banco Santander Totta, Caixa Económica Montepio Geral, Banco BIC Português e Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo) foi de 700 milhões de euros.
Na resolução do BES, em agosto de 2014 foi criado o Novo Banco para onde forem transferidos os depósitos, os trabalhadores do BES e os ativos considerados menos problemáticos (um tema que desde então tem sido alvo de muito debate face aos prejuízos elevados do Novo Banco e recurso de dinheiros públicos). Já no BES (então designado 'BES mau') ficaram os ativos considerados 'tóxicos' (caso de participações como BES Angola, BES Miami, Aman Bank - Líbia), assim como os acionistas.
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