Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average, perdeu 1,48%, para 35.365,44 pontos, o alargado S&P500 recuou 1,03%, para as 4.620,64 unidades, mas o tecnológico, depois de abrir em forte queda, conseguiu fechar quase no ponto de equilíbrio, com uma desvalorização de 0,07%, para as 15,169,68.
Mas para a sessão volátil em Wall Street também contribuiu o facto de se ter vivido hoje o dia denominado das "três bruxas", que corresponde no final de cada trimestre (referido à terceira sexta-feira dos meses em causa) à extinção de vários contratos e opções sobre os índices.
"A volatilidade é tenaz, porque os investidores continuam sem certezas quanto ao impacto efetivo da variante Ómicron e estão a digerir o facto de os bancos centrais dos EUA [Reserva Federal (Fed)] e da Inglaterra se dirigirem para a limitação do apoio monetário à economia", comentaram os analistas da Schwab.
Para Tom Cahill, da Ventura Wealth Management, os investidores acabaram por ser atraídos pelas ações tecnológicas, "que tinham sido severamente atacadas nas últimas sessões".
Depois de realçar que o Nasdaq já caiu seis do por cento do máximo que estabelecera há um mês, este analista acrescentou: "Havia um potencial de estabilização para o setor e os gestores de investimentos andavam à procura de bons negócios para fazer".
Por junto, disse, "esta foi uma semana volátil, não apenas em termos de cotações, mas considerando a quantidade de informação para digerir".
Assim, "por um lado, a variante Ómicron está a espalhar-se rapidamente em algumas regiões, como Nova Iorque; por outro lado, os investidores procuram avaliar os cenários que se podem desenrolar no próximo ano", em termos de política monetária.
Na quarta-feira, o comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês) anunciou que ia acabar em março o seu programa de compra de ativos e admitiu três subidas da taxa de juro de referência em 2022.
Já o Banco de Inglaterra passou à ação e decidiu subir a sua taxa diretora em 0,25%.
Os 11 setores do S&P fecharam todos em baixa.
O que agrupa os títulos da banca, sensíveis à futura subida das taxas de juro e inquietos com o eventual impacto da Ómicron no crescimento da economia, caiu 2,27%.
Bank of America, Citigroup e JPMorgan perderam mais de dois por cento. O Goldman Sachs recuou mesmo 3,92% e o Wells Fargo ainda desvalorizou mais: 4,67%.
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