Wall Street fecha em baixa depois do entusiasmo da véspera com a Fed
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, depois do otimismo esfuziante da véspera, subsequente à reunião da Reserva Federal (Fed), que fechou com anúncios de medidas de combate à inflação.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,08%, para as 35.897,64 unidades, o alargado S&P500 recuou 0,87%, para os 4.668,67 pontos, e o tecnológico Nasdaq caiu 2,47%, para os 15.180,43.
Na quarta-feira, a Fed confirmou que vai acelerar a redução do seu programa de compra de obrigações, uma das medidas a que recorreu para responder à crise provocada pela pandemia do novo coronavirus.
"A economia está robusta e já não necessita do apoio monetário", disse na altura o presidente da Fed, Jerome Powell.
"Os investidores estão um pouco perdidos", comentou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.
Na véspera, os investidores saudaram com força o novo tom da Fed, que abriu a porta a subidas das taxas de juro, mas, hoje, "os investidores, que tinham demonstrado tamanha confiança no que Powell disse, estão inquietos com o se vai seguir", contrastou.
"Os seus atos vão seguir a suas palavras no sentido do controlo da inflação?", questionou.
Segundo Volokhine, a inflação continua "a meter medo" e os investidores "começam a pensar que a Fed está atrasada. Aliás, é mesmo de admirar que Jerome Powell só tenha constatado que a partir do mês de novembro a inflação não era transitória, quando estavam em todas as conversas desde a primavera", acrescentou.
Os investidores também estiveram a digerir as decisões de vários bancos centrais, desde logo o de Inglaterra, a primeira das maiores instituições monetárias a subir as taxas de juro desde o aparecimento da pandemia do novo coronavirus.
Este banco central "surpreendeu ao decidir subir a sua taxa de referência em 15 pontos-base para 0,25%", realçou Patrick O'Hare.
O Banco Central Europeu (BCE), por seu lado, manteve, como esperado, as suas taxas e vai continuar a comprar ativos até março, ao mesmo tempo que espera que os preços subam 3,2%, em 2022, antes de estabilizarem.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, afastou, entretanto, uma subida da taxa de juro em 2022 -- "é muito improvável", afirmou.
Na frente dos indicadores macroeconómicos, os pedidos de subsídios de desemprego subiram, para 206 mil, o que surpreendeu os analistas, enquanto a produção industrial nos EUA melhorou pelo segundo mês consecutivo, alcançado o nível mais alto desde setembro de 2019.
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