Orçamento da Madeira canaliza 1,3% para a cultura e 16ME para turismo
O secretário do Turismo e Cultura da Madeira disse hoje que o Orçamento da região para 2022, no valor de 2.125 milhões de euros, prevê 16 milhões para a promoção do destino e reserva 1,3% para o setor cultural.
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Economia Orçamento
"Estamos certos de que os cerca de 45 milhões de euros reservados à Secretária Regional do Turismo e Cultura serão bem aplicados, porque, colocados à disposição da nossa população, trarão diferença, afirmação e desenvolvimento à nossa região autónoma", afirmou Eduardo Jesus.
O governante falava no parlamento madeirense, no âmbito da discussão na especialidade das propostas do Orçamento e do Plano de Investimento e Despesas da região para 2022, apresentadas pelo executivo PSD/CDS-PP, que decorre até quinta-feira.
"No que respeita à promoção do destino Madeira, em 2022 asseguramos a continuidade do maior orçamento de sempre", disse, reforçando: "Aquele valor poderá gerar uma promoção de 16 milhões de euros, envolvendo os compromissos que o setor privado assume através dos planos de comercialização e venda".
Eduardo Jesus realçou, por outro lado, que 1,3% do total do Orçamento regional se destina ao setor cultural, considerado que o valor está "30% acima do que é recomendado internacionalmente".
"A nossa proposta prevê a continuidade dos apoios ao setor, através de contratos-programa, protocolos e outros investimentos, que permitirão a realização de muitas atividades de iniciativa pública e privada", explicou.
O secretário regional indicou que o setor do turismo foi muito afetado pela pandemia de covid-19, mas, desde junho de 2020, foram já retomadas 74 rotas aéreas e confirmaram-se 44 novas rotas, estando agora disponíveis 20 ligações diretas.
"Em agosto, atingiu-se, pela primeira vez, 50 milhões de euros de proveitos totais do setor", informou, reforçando: "Nunca na história do turismo da Madeira se tinha ultrapassado esta barreira".
Eduardo Jesus disse que o RevPAR (rendimento por quarto disponível), atingiu 72,43 euros em agosto de 2021, 22,6% acima do registado em 2019, e destacou a entrada da companhia de baixo custo Ryanair na linha da Madeira, com ligações para dez destinos, incluindo Lisboa e Porto, o que representa um reforço em 22% da atividade turística no imediato.
"O ritmo de trabalho é para manter", garantiu, referindo que esta atitude se aplica também ao setor da cultura.
"A dinâmica cultural da região, que em 2022 contará com eventos variados, alguns que devido à situação pandémica foram ajustados e adiados, resulta, também com o reforço da aposta na criação artística, na investigação histórica, na preservação do património documental", adiantou.
De acordo com o governante, o executivo PSD/CDS-PP vai continuar a promover e a apoiar a cultura, potenciando a criação, a oferta e a descentralização dos eventos, sendo que das 424 iniciativas previstas, 45% vão decorrer fora do Funchal, o maior e mais populoso da região autónoma.
Respondendo ao líder parlamentar do CDS-PP, António Lopes da Fonseca, sobre os preços praticados pela transportadora aérea nacional TAP para a Madeira na quadra de Natal e fim do ano, o governante referiu que "são insuportáveis".
Também mencionou que a região tem tentado "recuperar rotas perdidas", como a ligação direta a Londres, que se realizou entre 1975 e 2015, e tem vindo a insistir para a TAP "colocar mais oferta no mercado", mas "não têm tido correspondência nas reivindicações".
No entanto, assegurou que "não vai baixar os braços".
O deputado único do PCP, Ricardo Lume, defendeu que deve haver uma maior aposta na "formação e estabilidade" dos trabalhadores da hotelaria, setor que embora registe falta de mão de obra qualificada, está marcado pela "precariedade e pratica salários insuficientes", opinando que estão a ser "criados os nómadas laborais".
Sérgio Gonçalves do PS, o maior partido da oposição no parlamento madeirense (tem uma bancada com 19 dos 47 deputados), opinou que o OR/2022 não consubstancia "o reforço de verbas" para a Secretaria do Turismo conseguir concretizar uma estratégia que permita ao setor, o mais importante da economia do arquipélago, atingir os níveis que tinha antes da pandemia da covid-19.
"A recuperação trouxe alguma folga e esperança a todo o setor, mas estamos longe de atingir os níveis de 2019", enfatizou.
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