Os últimos anos têm sido de crise generalizada e os bancos não fogem à regra. Com quebras nos lucros, os bancos optam por subir as comissões cobradas aos clientes com contas à ordem para fazer face ao prejuízo.
De acordo com uma análise levada a cabo pelo Jornal de Notícias e pelo Dinheiro Vivo, os bancos cobram, em média, 65 euros por ano aos titulares de contas à ordem.
Mas este valor desce para aqueles cujas contas bancárias têm valores mais elevados, podendo mesmo ficar isentos de pagar qualquer comissão.
A Caixa Geral de Depósitos e o BPI são as instituições que, segundo o Jornal de Notícias, cobram as taxas mais baixas (60 euros). Depois surge o Santander Totta que cobra 62,8 euros anuais e logo de seguida aparece o Banco Espírito Santo cujas comissões de manutenção assentam nos 63,6 euros.
O banco que mais cobra em taxas de manutenção de uma conta à ordem é mesmo o Millennium BCP (72 euros).
O facto de os bancos cobrarem mais taxas a quem tem menos dinheiro levou o Banco de Portugal a publicar uma nota sobre as boas práticas nas contas à ordem.
“O Banco de Portugal reconhece como inadequada a prática comercial de fazer variar o montante da comissão de manutenção em função de saldos médios das contas de depósito à ordem”, pode ler-se na nota a que o JN teve acesso.