Encorajados pelos principais sindicatos do país, os manifestantes juntaram-se contra a depreciação da lira e a subida da inflação, que registou um aumento de 21,3% em novembro face ao mesmo mês de 2020, segundo os números oficiais citados pela agência francesa de notícias, a AFP.
Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (Tuik), no entanto, são contestados por várias organizações, que dizem que os números estão subestimados face à realidade da subida dos preços, que deverá ter registado um aumento superior a 50%, de acordo com um estudo do Inflation Research Group (ENAG), composto por economistas independentes.
Para agravar as consequências no bolso dos consumidores, a lira turca viu o seu valor cair mais de 45% face ao dólar desde o início do ano, registando só desde outubro uma queda de 30%.
"Estamos a ficar cada dia mais pobres, mas está tudo bem, de acordo com os senhores que governam o país; já não nos conseguimos aguentar, o Tuik afirma que a inflação é de apenas 21%; não gozem com a inteligência da classe trabalhadora" afirmou o presidente da Confederação dos Sindicatos Revolucionários dos Trabalhadores (DISK), durante uma intervenção perante os manifestantes.
Durante a manifestação, foram visíveis vários cartazes a exigir a demissão do Governo, de acordo com a reportagem da AFP.
Leia Também: Inflação nos EUA acelera para 6,8% em novembro, a mais alta desde 1982