EDP e China Three Gorges vão atualizar termos da parceria
A EDP e a China Three Gorges (CTG), maior acionista da elétrica portuguesa com mais de 19% do capital, vão rever os termos da parceria, de acordo com um comunicado enviado hoje à CMVM.
© Reuters
Economia EDP
"Considerando o posicionamento cada vez cada vez mais global de ambas as empresas e, em particular, a recente entrada da EDP no mercado asiático, foi acordado entre a EDP e a CTG atualizar os termos da parceria estratégica", lê-se na comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A atualização da parceria será regida por um acordo revisto, a celebrar entre as duas empresas, com vigência a partir de hoje.
Segundo a EDP, "o âmbito desta atualização, que considera o atual contexto do setor marcado pela forte aposta na transição energética, visa flexibilizar as estratégias de crescimento de ambas as empresas, assegurando a aplicação dos mais exigentes padrões de governo societário nas suas relações futuras e desenvolvendo instrumentos de cooperação e de partilha de boas práticas, de modo a potenciar a maximização de valor para ambas as empresas e seus acionistas".
A CTG adquiriu uma participação qualificada no capital social da EDP em dezembro de 2011, no âmbito da 8.ª fase de privatização da elétrica portuguesa.
Naquela altura, lembrou a EDP, as duas empresas estabeleceram uma "parceria estratégica para promover a cooperação entre as duas partes e regular potenciais conflitos de interesses".
"Ao longo do período de 10 anos, a parceria contribuiu para o crescimento da EDP e da CTG enquanto líderes globais em energias renováveis e para a transição energética", referiu o grupo liderado por Miguel Stilwell d'Andrade.
A EDP destacou o "suporte financeiro, por parte da CTG, durante a crise de dívida soberana na Europa", a "cooperação e partilha de capacidades no desenvolvimento de diversas oportunidades de crescimento, nomeadamente em co-investimentos em centrais hidroelétricas na América Latina" e ainda "iniciativas conjuntas na investigação e desenvolvimento de novas tecnologias".
Na altura da aquisição, o então presidente executivo da EDP, António Mexia, disse que a entrada dos chineses da CTG no capital da elétrica nacional era "uma grande oportunidade" para todos.
"Este é um momento importante para a empresa, para os acionistas e para a economia do país", disse António Mexia durante a cerimónia de assinatura do acordo que dava entrada dos chineses no capital da EDP.
A CTG assinou em 30 de dezembro de 2011 o acordo para a compra da participação do Estado de 21,35% do capital da elétrica, por 2,7 mil milhões de euros, tornando-se na maior acionista da empresa.
A CTG venceu o concurso internacional para a aquisição da participação do Estado português na EDP, lançado durante o Governo de Pedro Passos Coelho, oferecendo um pacote de contrapartidas pela entrada na EDP de mais seis mil milhões de euros, vencendo, assim, as propostas da alemã E-On e das brasileiras Eletrobras e Cemig.
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