Petrobras diz que não antecipa políticas de preços após declarações do PR
A petrolífera estatal Petrobras afirmou hoje num comunicado ao mercado que não antecipa as suas políticas de preços, após o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, declarar numa entrevista que a empresa reduziria o valor cobrado pelos combustíveis.
© Lusa
Economia Petrobras
"A Petróleo Brasileiro SA -- Petrobras, em relação às notícias veiculadas na 'media' a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes", destacou a petrolífera.
A empresa também reiterou que adota uma política de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado internacional, frisando que trabalha para evitar a transferência imediata das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais no preço dos combustíveis.
"A Petrobras não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços que ainda não tenha sido anunciada ao mercado", concluiu o comunicado.
No domingo, Jair Bolsonaro antecipou que a Petrobras começaria a reduzir, a partir desta semana, o preço dos combustíveis, que este ano dispararam entre 65% e 73% no país sul-americano.
"A Petrobras começa esta semana a anunciar uma redução no preço do combustível", disse o Presidente brasileiro ao portal de notícias Poder360.
Bolsonaro acrescentou, sem especificar percentagens ou prazos, que serão "pequenas reduções", "em princípio todas as semanas".
O preço dos combustíveis cresceu de forma constante ao longo de 2021 no Brasil, impulsionado pela valorização do barril de petróleo no mercado internacional e da desvalorização da moeda brasileira, o real, face ao dólar.
A subida dos combustíveis também tem sido um dos fatores determinantes que empurram a inflação no país acima de dois dígitos (10,7%).
Em razão disto, Bolsonaro tem reclamado reiteradamente do aumento dos preços dos combustíveis, embora afirme que não tem poder de interferir na Petrobras.
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