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Wall Street fecha em baixa em véspera de fim de semana de expetativa

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com uma vaga de vendas suscitada pela variante Ómicron do novo coronavirus e algum nervosismo dos investidores com a esperada subida da taxa de juro por parte da Reserva Federal (Fed).

Wall Street fecha em baixa em véspera de fim de semana de expetativa

© Reuters

Lusa
03/12/2021 23:27 ‧ há 3 anos por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,17%, para os 34.590,08 pontos, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,92%, para as 15.085,47 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,84%, para as 4.538,43.

A sessão tinha começado com o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA que anunciou a criação de 201 mil empregos em novembro, quando os analistas esperavam bem mais, 525 mil.

Afetada por este número, a bolsa inverteu a disposição, depois de ter aberto em alta.

Mas rapidamente outros fatores passaram a ditar a evolução das cotações, levando os índices bem dentro de território negativo, com o Nasdaq a roçar uma contração de três por cento.

"Isto teve pouco a ver com o relatório sobre o emprego e muito com a Ómicron", afirmou Karl Haeling, do banco LBBW.

Para este analista, numerosos operadores escolheram desfazer-se de posições antes do fim de semana.

Se não se espera nestes dois dias informação sobre a perigosidade da Ómicron ou a eficácia das vacinas existentes, "é provável que se ouça falar de novos casos um pouco por todo o mundo", admitiu, o que seria de natureza a afetar a moral dos investidores.

Este movimento é amplificado também pela aproximação do final do ano, que incita os investidores a vender e realizarem os seus ganhos depois de um ano com forte progressão (20,8% desde o início do ano para o S&P500), apesar dos recentes sobressaltos.

A opinião geral é a de que o relatório sobre o emprego, menos bom do que esperado, não é de natureza a alterar as decisões da Fed de normalizar a sua política monetária.

Esta perspetiva de uma possível subida das taxas de juro no próximo ano está a pressionar os valores de crescimento forte, em particular no setor tecnológico, comentou Patrick O'Hare, de Briefing.com.

Na frente empresarial, constata-se uma tendência de baixa dos valores chineses na praça nova-iorquina por entre notícias e rumores de saída.

Assim, a Didi Chuxing baixou 22,18%, depois do anúncio da saída de Wall Street do designado 'Uber chinois', menos de seis meses depois da sua entrada na bolsa norte-americana, alegadamente sob pressão das autoridades chinesas.

Tecnicamente, depois de uma votação dos acionistas, os títulos cotados em Wall Street, vão passar a sê-lo na bolsa de Hong Kong.

No seguimento da Didi, um outro grupo chinês, o conglomerado do comércio em linha Alibaba, continuava a perder valor, hoje 8,23%, caindo para o patamar mais baixo dos últimos quatro anos e meio, afetado pelo rumor da sua saída da bolsa.

As mesmas perdas fortes ocorreram com outros grandes nomes chineses do comércio eletrónico, como o JD.com, que recuou 7,71%, e o Pinduoduo, quer perdeu 8,16%.

Leia Também: Wall Street cai após divulgação de dados sobre o emprego nos EUA

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