Capitalismo capaz de se adaptar aos desafios da transição energética

O capitalismo tem capacidade para se "adaptar" aos constrangimentos da transição energética e continuar a crescer, revelou na segunda-feira o relatório anual da associação Climate Chance, uma das poucas organizações que reúne empresas, Estados ou comunidades.

poluição - seca - planeta terra

© iStock

Lusa
30/11/2021 06:39 ‧ 30/11/2021 por Lusa

Economia

Clima

O relatório global sobre a ação climática por setor salienta que "a adoção de energias renováveis e a mobilidade com baixas emissões de carbono estão a aumentar nas grandes economias".

Elaborado durante mais de seis meses, o documento aponta também que a "procura por bens e serviços de baixas emissões de carbono superam a capacidade de adaptação das cadeias de produção da economia global".

E lamenta ainda que a "eletrificação" do mundo e a "descarbonização" da eletricidade não estejam atualmente em sintonia.

"Pela primeira vez, a Europa ultrapassa a China como o maior mercado mundial de carros elétricos, enquanto esta tendência enfrenta uma luta para se estabelecer nos Estados Unidos", pode ler-se.

O estudo destaca, em particular, que 28 Estados norte-americanos estabeleceram taxas de registo mais altas para veículos elétricos do que para veículos com motor a combustão e que 17 Estados proibiram a venda direta de carros elétricos a pessoas individuais.

Este relatório anual lamenta também que quase dois em cada três veículos elétricos vendidos em todo o mundo sejam SUV [todo-o-terreno urbanos] ou grandes 'sedans'.

"Neste momento, as empresas ainda não estão concentradas na transição, mas na acumulação de energia, modos de produção e consumo", salientou um dos autores do relatório, Antoine Gillod, em declarações à agência AFP.

Para Antoine Gillod o "capitalismo adapta-se bem ao aquecimento global porque continua a ter margem de crescimento" e descartou "uma queda no consumo".

O carvão continua a ser central na economia do século XXI, apesar da sua participação no setor da energia estar a diminuir, pois a sua utilização em geral está a aumentar, alertou.

Leia Também: Reinício "positivo" das negociações sobre o nuclear iraniano

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