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Afeganistão: Falta de segurança está a paralisar obras do gasoduto TAPI
O governo paquistanês admitiu hoje que as obras do gasoduto TAPI, que ligará o Turcomenistão e a Índia através do Afeganistão e Paquistão, continuam "suspensas" e sem data para serem retomadas, apesar das garantias de segurança dos talibãs.
© Getty
Economia Afeganistão
A falta de segurança no Afeganistão reinante desde que os talibãs assumiram o controlo do país, em agosto, também paralisou a construção de outras infraestruturas importantes, como o projeto CASA-1000, que visa fornecer eletricidade do Tajiquistão ao Paquistão.
"Não só o TAPI [Turcomenistão-Afeganistão-Paquistão-índia], mas o trabalho em outros projetos como o CASA-1000 também foi suspenso devido à situação de insegurança no Afeganistão. As obras continuarão suspensas até que a segurança melhore", disse o ministro da Informação paquistanês, Fawad Chaudhry, à agência noticiosa espanhola EFE.
As autoridades paquistanesas esperam que as condições no Afeganistão melhorem "em breve", mas Chaudhry frisou que, para já, não há uma data específica para que as obras sejam retomadas.
No final de outubro, depois de receber uma delegação do Turcomenistão, o ministro dos Negócios Estrangeiros do regime talibã em Cabul, Amir Khan Muttaqi, garantiu que as obras do gasoduto começariam "em breve".
O projeto do gasoduto TAPI nasceu em 2015 por iniciativa do Turcomenistão, com o objetivo de trazer gás dos seus campos de Galkinish para a Índia até 2019, data que tem sido sucessivamente adiada.
Segundo as previsões iniciais, o projeto custará cerca de 7.500 milhões de dólares (cerca de 6.650 milhões de euros) e permitirá o bombeamento de 33.000 milhões de metros cúbicos de gás por ano até a fronteira com a Índia.
Por sua vez, o projeto CASA-1000 visa fornecer eletricidade do Tajiquistão ao Paquistão, através do Afeganistão, projeto cuja conclusão também tem sido sucessivamente adiada.
Leia Também: Itália acolhe afegã dos olhos verdes cuja foto se tornou famosa em 1985
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