Covid: Funchal cessa apoios a comerciantes readptando-os no próximo ano
A Câmara do Funchal aprovou hoje a cessação de dois programas de apoio aos comerciantes e lojistas da cidade, que serão readaptados às suas necessidades a partir do próximo ano, anunciou hoje o chefe do executivo municipal.
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Economia Madeira
Em declarações aos jornalistas após a reunião semanal da autarquia, que decorreu nos Paços do Concelho, Pedro Calado (PSD/CDS-PP) explicou que os dois programas, criados no âmbito da pandemia de covid-19, terão o seu âmbito alargado e vão ser ajustados "às necessidades que os comerciantes têm".
Estão em causa o programa "Superar", dotado de 525 mil euros para apoiar as micro e pequenas empresas do concelho afetadas pela pandemia, e os apoios extraordinários às "Lojas com História", com uma verba total 260 mil euros.
A primeira medida "já tem quase 82% de execução", especificou Pedro Calado, vincando que o município vai readaptá-la "e talvez alargar o seu âmbito de ação", bem como melhorar as condições.
Já relativamente aos apoios às lojas históricas -- com mais de 25 anos -, o presidente da Câmara do Funchal disse que o programa "só tem 8% de execução", correspondente a 40 mil euros atribuídos da verba total.
"Portanto, foi um programa que não teve adesão por parte dos comerciantes. Esse vamos também terminá-lo a 31 de dezembro e readaptar para outro objeto social e outro tipo de apoios para vigorar no próximo ano", adiantou.
Pedro Calado reforçou que, "em função de um novo período que existe", com o comércio e o turismo a funcionarem normalmente, "há que readaptar este tipo de apoio às necessidades dos comerciantes, dos lojistas".
O autarca não detalhou, porém, os novos apoios a partir de janeiro, referindo apenas que o município está a "estudar a melhor forma de ajudar os comerciantes".
"São verbas e montantes que já estão previstos para o orçamento do próximo ano, mas ainda é prematuro estar a lançar esses mesmo programas", acrescentou, indicando que os valores serão reforçados.
A cessação destes programas teve os votos favoráveis dos seis eleitos da coligação PSD/CDS-PP e os votos contra dos cinco vereadores da coligação Confiança (PS/BE/MPT/PDR/PAN).
Aos jornalistas, o vereador da coligação Confiança Miguel Silva Gouveia sublinhou que a região está na "iminência de aplicação de novas medidas restritivas para combate" ao aumento do número de casos de covid-19, pelo que "seria muito importante manter estes apoios ao tecido empresarial municipal".
O autarca, que perdeu a presidência da autarquia funchalense nas últimas eleições autárquicas, quis também destacar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e "lamentar que este ano" o executivo tenha deixado de o "assinalar, na cidade do Funchal".
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