Santander Totta cria fundação com dotação inicial de 22,5 milhões
O Santander Totta vai alocar uma dotação inicial de 22,5 milhões de euros para a criação de uma fundação, que desenvolverá projetos "com elevado impacto social, económico e ambiental", divulgou hoje o banco.
© Reuters
Economia Santander Totta
"O Santander Portugal vai criar uma fundação com o propósito de desenvolver programas com elevado impacto social, económico e ambiental. Com uma dotação inicial de 22,5 milhões de euros, a Fundação Santander Portugal vai intervir de forma determinante nas áreas da educação, empregabilidade, ecologia e social", pode ler-se num comunicado hoje divulgado pela instituição.
De acordo com o banco liderado por Pedro Castro e Almeida, a fundação irá contribuir "para ajudar as pessoas e as empresas a progredirem de uma forma justa, inclusiva e sustentável".
"Inês Oom de Sousa vai liderar o novo projeto e assume o cargo de responsável de ESG [Ambiente, Social e Governança, na sigla em inglês] no Grupo Santander a nível europeu", revela ainda o comunicado acerca da administradora da instituição, no banco há 25 anos, que tem estado à frente das áreas de Banca Responsável e Universidades.
Segundo o Santander Totta, "os projetos do banco dirigidos à sociedade nos domínios referidos passarão a ser executados pela fundação, cuja constituição irá ocorrer a curto prazo".
A nova fundação irá também "gerir o património artístico e cultural do banco" e "permitirá agilizar o trabalho focado na sociedade e assegurar um maior reconhecimento público do papel exercido junto das comunidades".
"Queremos deixar a nossa marca na Sociedade, ser reconhecidos pelos nossos clientes e colaboradores como uma instituição que tem impacto e se preocupa verdadeiramente com a Sociedade. Que se preocupa em reduzir as desigualdades sociais e económicas e em contribuir para uma comunidade mais inclusiva", afirmou Inês Oom de Sousa.
Os lucros do Santander em Portugal caíram 32% nos primeiros nove meses do ano, para 172,2 milhões de euros, anunciou a entidade bancária no dia 27 de outubro.
O banco tem estado envolvido num processo de saída de funcionários, pretendendo a saída de 685 trabalhadores, 145 dos quais alvo de despedimento coletivo, saindo os restantes por acordo (reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo), segundo dados dos sindicatos e do banco.
Nos últimos meses, no decurso dos processos de reestruturação de BCP e Santander, os sindicatos acusaram os bancos de repressão laboral e de chantagem, considerando que forçam os empregados a aceitar sair ao mesmo tempo que têm elevados lucros.
Fonte oficial do Santander Totta disse à Lusa em outubro que o banco continua a "querer privilegiar soluções de acordo" mesmo com os que receberam cartas de despedimento e que, por isso, a acompanhar a carta foi a simulação de quanto a pessoa recebe em despedimento coletivo e quanto recebe se chegar a acordo.
Em 01 de outubro, trabalhadores do BCP e do Santander fizeram greve contra os despedimentos, a primeira a nível nacional dos trabalhadores bancários desde 1988.
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