"Hoje houve um processo diferente do normal, ou seja, não foi uma proposta fechada. Não apresentamos questões novas, o Governo apresentou a sua proposta, a UGT manteve a sua, mas o facto de haver outra reunião e esta não ser conclusiva dá-nos alguma expectativa de que poderemos entrar no processo negocial", disse Lucinda Dâmaso, da UGT.
O Governo apresentou hoje aos parceiros sociais uma proposta de aumento do salário mínimo nacional (SMN) de 40 euros, para 705 euros, no próximo ano, segundo um documento distribuído na Concertação Social.
Por sua vez, a líder da CGTP, Isabel Camarinha, disse, também à saída da reunião, que o aumento do SMN "tem que ser acompanhado pelo aumento geral dos salários de todos os trabalhadores e foi isso que aqui reafirmamos".
O valor já tinha sido sinalizado pelo executivo e foi hoje proposto formalmente às confederações patronais e centrais sindicais com assento na Concertação Social.
"Com o aumento da RMMG para este valor atinge-se, em 2022, uma subida de 200 euros desde 2015, ou de 39,6% - o equivalente a 2.800 euros anuais, que compara com um aumento de apenas 20 euros no ciclo no ciclo governativo anterior", destaca o Governo.
O salário mínimo nacional é atualmente de 665 euros.
Segundo o Governo, "os principais indicadores relativos ao mercado de trabalho não revelam impactos negativos do aumento do salário mínimo sobre o emprego e perspetiva-se aliás um cenário de recuperação económica para 2022".
O executivo refere que o programa do Governo estabelece como meta atingir os 750 euros de RMMG em 2023, encontrando-se assim a 85 euros do objetivo traçado.
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