Novo presidente da CMVM quer criar "novo paradigma" de poupança
O novo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriel Bernardino, defendeu que a entidade que agora lidera deve contribuir para criar "um novo paradigma" de poupança a longo prazo.
© Lusa
Economia CMVM
"No quadro das suas competências, a CMVM assumirá de forma consistente um papel catalisador de mudança e de inovação no mercado de capitais, privilegiando as vertentes da poupança de longo prazo, da digitalização e da sustentabilidade", referiu Gabriel Bernardino na sessão de tomada de posse, que decorreu hoje no Ministério das Finanças, em Lisboa.
O novo líder do regulador do mercado defendeu que a "dinamização do mercado de capitais deve "possibilitar condições mais atrativas para a aplicação das poupanças das famílias, sobretudo numa ótica de longo prazo para a reforma".
"Neste contexto, a CMVM pode e deve contribuir para a criação em Portugal de um novo paradigma de poupança de longo prazo através do mercado de capitais, apostando na transparência através da prestação de informação adequada aos investidores, na sustentabilidade e na literacia financeira", sustentou.
Gabriel Bernardino considera que é "de especial importância o estímulo a produtos financeiros que incentivem a verdadeira poupança de longo prazo dos portugueses, tal como o Produto Individual de Reforma Pan-Europeu (PEPP), cuja comercialização será iniciada em março de 2022".
Para tal decorrer com sucesso, o novo responsável máximo do regulador do mercado considerou "imprescindível atribuir um regime fiscal favorável, adequado a essas características, de resto, como referido pela Comissão e pelo Parlamento europeus".
O novo presidente da CMVM, que sucede a partir de hoje a Gabriela Figueiredo Dias, afirmou que a comissão irá privilegiar "a racionalidade e agilidade" dos processos internos, "continuando os esforços para a redução dos tempos de reação e decisão, sem prejudicar a qualidade e profundidade da análise".
"Destaco o nosso compromisso com uma abordagem transparente, ágil e eficiente", salientou.
Gabriel Bernardino recordou ainda a última década, marcada pela crise, destacando ser fundamental "a cooperação institucional e uma comunicação fluida entre reguladores quanto aos desafios e riscos, permitindo uma visão global dos grupos financeiros, por exemplo, em termos de cultura e governação".
O presidente da CMVM hoje empossado referiu-se ainda à necessidade de olhar para "os canais de contacto e contágio entre os vários setores do sistema financeiro".
[Notícia atualizada às 13h17]
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