Com manifesto "bancos podem falir" e aí "teremos vários BPN"

Os docentes Luís Aguiar-Conraria e João Duque comentaram na antena da Rádio Renascença o Manifesto que defende a reestruturação da dívida, frisando que não garante certezas e que pode causar problemas no sector bancário.

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Notícias Ao Minuto
12/03/2014 11:18 ‧ 12/03/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Especialista

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho parece não ser o único contra o Manifesto pela reestruturação da dívida portuguesa, assinado por 70 personalidades portuguesas.

Na antena da Rádio Renascença, o economista Luís Aguiar-Conraria, professor da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (UM), afirma que o impacto imediato de tal ato seria inegavelmente negativo, e João Duque, presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), fala num "salto de uma ravina" para um mar de profundidade desconhecida.

Ambos salientam, ainda, a incerteza do efeito real das medidas propostas, referindo-se a um terreno que nunca foi explorado.

Aguiar-Conraria sustenta que grande parte da dívida é detida pelos bancos portugueses e “uma reestruturação a sério poderia levar a grandes problemas no sector bancário e consequências negativas nos portugueses”. “Como é impossível deixar os bancos portugueses irem todos à falência, teremos vários BPN, com o Estado português a enfiar o dinheiro em vários bancos. Esse dinheiro seria pago pelos contribuintes?", alerta o docente da UM.

Isso faria com que, acrescenta João Duque, tivesse de se aumentar a dívida para capitalizar os bancos depois do abanão e teria que ser a dívida pública portuguesa outra vez a socorrer os bancos.

Apesar de tudo isto, o economista e presidente do ISEG admite, no entanto, que a proposta é sedutora em certa medida, "mas, para um primeiro-ministro, é difícil admitir isto quando se acredita em inverter o curso da queda desesperante."

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