Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,50%, para os 36.100,31 pontos, o alargado S&P500 avançou 0,72%, para as 4.682,85 unidades, e o tecnológico Nasdaq, subiu um por cento, para as 15.860,96.
No conjunto da semana, o Dow Jones perdeu 0,63%, o S&P500 recuou 0,31% e o Nasdaq desvalorizou 0,69 %.
Segundo os analistas, a boa sessão de hoje resultou de um efeito "ricochete", depois das perdas registadas durante as emana, como apontou a principal estratega de investimentos da Crossmark Global Investments, Victoria Fernández.
Tal como na quinta-feira, o mercado esteve animado pelas compras de ocasião, depois da queda de quarta-feira, na sequência da divulgação da taxa de inflação média anual nos EUA em outubro de 6,2%, o máximo desde há 31 anos.
"Recuperámos a (boa) disposição", comentou Keith Buchanan, gestor na Globalt Investments.
A recuperação bolsista resistiu mesmo à baixa do índice de confiança dos consumidores, que em novembro atingiu o mais baixo nível desde há 10 anos, segundo a estimativa preliminar da Universidade do Michigan, publicada hoje.
Para Buchanan, vai ser preciso esperar "uma confirmação" desta tendência de compras "para determinar verdadeiramente como é que os investidores reagem" a esta aceleração da inflação, até porque esta semana teve um dia feriado, na quinta-feira, e outro intercalado antes de um fim de semana, o que falseou um ouço as estatísticas.
Por outro lado, Victoria Fernández acrescentou que se "está a começar a ver um pico da preocupação com a cadeia de fornecimentos", e que espera "mais informação na próxima semana, com os resultados empresariais de empresas coo a Walmart ou a Target", referindo-se às grandes cadeias de vendas de retalho nos EUA.
Com a época dos resultados terminada e a próxima reunião do comité de política monetária da Reserva Federal só dentro de um mês, os investidores vão manter o tema recorrente da inflação na cabeça, à falta de outro motivo de atenção.
"Até dezembro, o que vai influenciar a evolução do mercado é a identificação do estado em que se encontra o consumidor", previu Keith Buchanan, avançando com o exemplo do índice do Michigan, que pode preocupar.
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