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Banco Mundial dá 1,5 mil milhões de dólares a Angola até junho

O vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral anunciou hoje que vai financiar projetos em Angola no valor de 1,5 mil milhões de dólares até junho, no seguimento de uma viagem ao país.

Banco Mundial dá 1,5 mil milhões de dólares a Angola até junho
Notícias ao Minuto

22:29 - 10/11/21 por Lusa

Economia Banco Mundial

"Discutimos com o Governo a aposta na agricultura, que cria empregos e aumenta a segurança alimentar, o desenvolvimento das zonas rurais, debatemos a importância das cadeias de valor, da agroindústria e projetos para apoiar os agricultores a lidarem com as alterações climáticas", para além de outras áreas como o saneamento e as infraestruturas, disse Hafez Ghanem no final da vista a Angola.

"Entre agora e junho, vamos desembolsar 1,5 mil milhões de dólares [1,3 mil milhões de euros] para apoiar projetos nestas áreas", apontou o responsável durante a conferência de imprensa que marca o final da visita do Banco Mundial e da Corporação Financeira Internacional, representada pelo vice-presidente para África e Médio Oriente, Sérgio Pimenta.

Nas respostas aos jornalistas, Hafez Ghanem deixou vários elogios ao Governo, nomeadamente nas reformas lançadas pelo Executivo e desvalorizou a recessão, apontando que o abrandamento das economias é transversal a todo o mundo devido aos efeitos da pandemia.

Sobre o combate à Covid-19 em Angola, o responsável do Banco Mundial apontou Angola como um exemplo, lembrando que "já foram vacinadas 7 milhões de pessoas" e acrescentando ter "orgulho por ser parceiro do Governo porque em comparação com os vizinhos, está numa situação muito melhor".

Para o banco, concluiu, é também muito importante apoiar as mulheres: "Da nossa experiência em toda a África, melhorar a condição das mulheres leva a uma melhoria do capital humano, a um melhor crescimento económico e a uma redução da pobreza, por isso temos programas no valor de 5 milhões de dólares para apoiar 1 milhão de raparigas".

Para o português Sérgio Pimenta, dirigente do 'braço' do Banco Mundial para o setor privado, Angola "tem um enorme potencial, mas também grandes desafios que estão a ser tratados em conjunto com o Banco Mundial".

"Há boas perspetivas para um aumento do envolvimento financeiro, estou muito contente com esta visita, podemos desembolsar mais fundos e fazer mais assistência técnica, nas áreas das energias renováveis, telecomunicações, economia digital, enfim, há muita coisa que se pode fazer, embora alguns projetos precisem de reformas a nível governamental e mudanças regulamentares", disse Sérgio Pimenta, concluindo: "Vai haver grandes progressos e estamos otimistas sobre o desembolso de mais fundos em mais projetos".

Ao contrário do Fundo Monetário Internacional, que estima uma recessão de 0,7%, o Banco Mundial antevê que Angola regresse já este ano a um crescimento económico positivo, com uma expansão de 0,4% do PIB.

"Angola deverá crescer 0,4% em 2021 e 3,1% em 2022, depois de cinco anos consecutivos de recessão, mas o país ainda está a lutar para ganhar fôlego, com elevados níveis de dívida e um fraco desempenha da indústria petrolífera", lê-se no relatório "O Pulsar de África", divulgado em outubro no âmbito dos Encontros Anuais do Banco Mundial e do FMI.

Leia Também: Banco Mundial recomenda mudanças na política fiscal timorense

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