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Portugal ausente de compromisso para acelerar fim de veículos poluentes

Um grupo de países e empresas anunciou planos para deixar de produzir automóveis com motores de combustão e dedicar-se aos veículos elétricos até 2040 e, ou mais cedo, em 2035, nos principais mercados, mas Portugal ficou de fora.

Portugal ausente de compromisso para acelerar fim de veículos poluentes
Notícias ao Minuto

12:53 - 10/11/21 por Lusa

Economia COP26

A declaração foi divulgada paralelamente à 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), a decorrer em Glasgow e hoje dedicada ao tema dos Transportes, e foi apoiada por países como Cabo Verde, Canadá, Chile, Dinamarca, Índia, Nova Zelândia, Polónia, Suécia, Turquia e Reino Unido.

Ford, General Motors, Mercedes Benz e Volvo, assim como vários estados e cidades nos Estados Unidos e noutros países subscreveram, bem como outras empresas como a energética portuguesa EDP, a farmacêutica AstraZeneca ou a plataforma de Uber.   

Porém, de fora ficaram países europeus com uma importante indústria automóvel, como França e Alemanha, bem como os Estados Unidos e China, e construtores como a Volkswagen ou Renault. 

O grupo ecológico Transporte e Meio Ambiente (T&E), a que a portuguesa Zero pertence, lamentou estas ausências, referindo que "será necessário mais do que uma declaração não vinculativa para limpar a maior fonte de poluição dos transportes" e urgiu que as promessas sejam reforçadas por "metas reais estabelecidas por lei".

Na Lei de Bases sobre a Política do Clima, aprovada na sexta-feira, Portugal apenas se compromete a proibir veículos exclusivamente movidos com combustíveis fósseis até 2035, deixando de fora os automóveis a gasolina e gasóleo híbridos, o que a associação ambientalista Zero condenou.  

Separadamente, vários países também se comprometeram a eliminar gradualmente o uso de camiões e autocarros com motores de combustão interna, associando-se a empresas envolvidas no transporte rodoviário, como grupo de entregas DHL, a construtora Scania e a cervejeira holandesa Heineken.

Decisores políticos e milhares de especialistas e ativistas reúnem-se até sexta-feira na COP26 para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e aumentar o financiamento para ajudar países afetados a enfrentar a crise climática.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.

Leia Também: COP26: Sucesso depende de mais ambição e "livro de regras" completo

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