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5G. Brasil arrecada cerca de mil milhões no primeiro dia do leilão

O aguardado leilão da rede 5G no Brasil arrancou na quinta-feira, com grandes grupos internacionais, e o Governo arrecadou cerca de sete mil milhões de reais (mil milhões de euros) no primeiro dia do certame.

5G. Brasil arrecada cerca de mil milhões no primeiro dia do leilão
Notícias ao Minuto

06:45 - 05/11/21 por Lusa

Economia 5G

O próprio Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, deu início ao "maior leilão da história das telecomunicações no Brasil" na manhã de quinta-feira, sendo que, ao final do dia, já tinham sido arreacadados sete mil milhões de reais em outorgas, montante cobrado apenas pelo direito de exploração das faixas.

Quinze empresas foram registadas no edital lançado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que continuará ao longo do dia de hoje, mas com concessões bem menos importantes do que as outorgadas na quinta-feira, dia que os responsáveis pela Anatel classificaram como "histórico".

No leilão, foram oferecidos lotes em quatro faixas de frequência: 700 MHz (megahertz); 2,3 GHz (gigahertz); 3,5 GHz; e 26 GHz.

Na quinta-feira, foram abertas as propostas das três primeiras faixas e ficaram para sexta-feira os lotes da frequência de 26 GHz.

A Telefónica Brasil, a TIM e a Claro, as três maiores operadoras de telecomunicações móveis do Brasil, conquistaram as concessões para operar a tecnologia de quinta geração na faixa de 3,5 GHz.

Por ser a radiofrequência a mais cobiçada no leilão de concessões de direitos de uso da tecnologia de quinta geração em diferentes áreas no Brasil, ao qual aderiram 15 empresas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dividiu a banda 3,5 GHz em quatro lotes nacionais de 80 MHh cada e oito licenças regionais.

A Claro, subsidiária da América Móvil e que detém 26% do mercado brasileiro de telecomunicações móveis, conquistou o primeiro lote nacional ao oferecer 338 milhões de reais (52,1 milhões de euros) pela licença e superando as outras duas candidatas, a Telefónica Brasil e a TIM, que optaram por não aumentar as suas ofertas.

O segundo lote de operação em todo o país foi atribuído à Vivo, marca utilizada no Brasil pela subsidiária do grupo espanhol Telefónica e que detém 33% do mercado, com uma oferta de 420 milhões de reais (64,8 milhões de euros).

Por sua vez, a italiana TIM ficou com o terceiro bloco nacional ao apresentar a única oferta válida por 351 milhões de reais (54,2 milhões de euros).

Apesar de as três maiores operadoras brasileiras terem feito propostas para o quarto e último lote nacional, nenhuma pôde participar porque os leilões anteriores já haviam expirado, portanto ninguém apresentou propostas válidas.

Com a concessão das licenças, que serão prorrogadas por 20 anos, Vivo, Claro e TIM comprometem-se em levar a tecnologia 5G a todos os municípios com mais de 30 mil habitantes, além de fibra ótica de alta capacidade para 530 municípios até 2025.

Os oito blocos regionais para operar na faixa de 3,5 GHz, dos quais dois não receberam ofertas, foram distribuídos entre as empresas Sercomtel, Brisanet, Consórcio 5G Sul, Cloud2U e Algar Teleco.

Também na quinta-feira, a Winity II Telecom superou a oferta de duas outras concorrentes e arrematou a frequência de 700 MHh pelo valor de 1.427 milhões de reais (22 mil milhões de euros).

Como vencedora da faixa, a Winity II terá que cumprir algumas obrigações, como levar internet a 31 mil quilómetros de estradas federais e assegurar cobertura 4G em 9.696 localidades fora de sede de municípios.

Com o leilão, cujos cálculos oficiais preveem investimentos de 50 mil milhões de reais (7,73 mil milhões de euros), o Governo espera lançar uma "verdadeira revolução digital" no Brasil, país com 213 milhões de habitantes.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, indicou que só na quinta-feira foram movimentados 43,7 mil milhões de reais (6,75 mil milhões de euros) com o leilão, incluindo valores arrecadatórios e compromissos assumidos, acreditando que os 50 mil milhões inicialmente previstos serão ultrapassados.

O leilão também permitiu a criação de pelo menos três novas operadoras no mercado brasileiro, já que alguns dos vencedores das disputas só ofereciam até então serviços de infraestrutura, o que deve aumentar a concorrência no setor.

Leia Também: Telefónica, Claro e TIM compram lotes para operar tecnologia 5G no Brasil

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