"Tendemos a subvalorizar os fundos agrícolas"
O antigo ministro do Trabalho Paulo Pedroso defendeu hoje, em Lisboa, que os fundos agrícolas tendem a ser subvalorizados face ao outros, como o Social Europeu, apesar do seu peso.
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Economia Paulo Pedroso
"Tendemos a subvalorizar os fundos agrícolas, quando são uma parte significativa dos fundos. Estamos a olhar com muito mais intensidade para o FSE [Fundo Social Europeu] e o FEDER [Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional] e a perceber menos as subtilezas da execução dos fundos agrícolas", afirmou Paulo Pedroso, que falava no Fórum de Políticas Públicas 2021, organizado pelo ISCTE, notando que, no que concerne às pescas, a situação ainda é pior.
Na sessão dedicada ao tema "Os fundos europeus e as políticas públicas em Portugal", o também investigador do CIES ISCTE disse que Portugal, tal como a Grécia e Espanha, nas últimas duas décadas, não convergiu com a zona euro.
Por outro lado, lembrou que os fundos europeus "não são como um subsídio do Banco Mundial", tendo em conta que estão sujeitos a um programa europeu.
Assim, conforme defendeu, "algo que seja central na agenda nacional", mas não na europeia, pode ficar de fora dos investimentos.
"O peso dos fundos no desenvolvimento em Portugal não é apenas financeiro, mas de conformação das prioridades da agenda de investimento", precisou.
Durante a sua intervenção, Pedroso destacou ainda que a despesa em I&D (Investigação e Desenvolvimento) na percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), na última década, diminuiu em termos de investimento.
Conforme apontou, entre 2015 e 2019, voltou a haver um "certo progresso", porém, o nível atual está abaixo do verificado em 2009, devido à "diminuição do papel do Estado".
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