Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average fechou em baixa de 0,74%, para os 35.490,69 pontos, e o alargado S&P500 recuou 0,51%, para as 4.551,68 unidades, enquanto o tecnológico Nasdaq acabou no ponto de equilíbrio, nos 15.235,83 pontos.

Este três índices emblemáticos de Wall Street tinham começado em alta, mas o Dow Jones rapidamente fez marcha-atrás, ao passo que o S&P500 ziguezagueou em torno do equilíbrio antes de passar para território negativo.

Para Christopher Low, economista-chefe do gabinete de aconselhamento financeiro FHN Financial, este recuo resultou da concretização de ganhos, depois de três recordes consecutivos do Dow Jones.

"Provavelmente, atingimos o limiar das vendas para alguns", avançou o analista.

A descida do índice simbólico de Wall Street também resultou do mau desempenho da Visa (-6,92%) e Boeing (-1,53%), com aquela afetada por previsões consideradas demasiado prudentes e esta por novas perdas trimestrais.

Estes dois 'papéis' valem mais de oito do por cento do Dow Jones.

No final da sessão, os investidores, pela primeira vez desde há vários dias, dedicaram atenção ao Congresso, onde os democratas continuam a negociar o conteúdo e o financiamento de dois planos de investimento, que podem superar os três biliões (milhão de milhões) de dólares (2,6 biliões de euros).

Antes entusiastas com este grande incentivo à economia, depois receosos pela sua eventual contribuição para a inflação, os investidores veem agora com maus olhos o seu eventual fracasso.

"Neste momento, os volumes de negócio não sustentam o ritmo da inflação, pelo que penso que há medo de uma recessão sem um novo estímulo", afirmou Christopher Low.

Ao contrário, os rendimentos obrigacionistas desceram, porque um fracasso seria contrário a uma alta esperada para breve da taxa de juro de referência da Reserva Federal. O rendimento dos títulos de dívida pública dos EUA a 10 anos evoluía a 1,53%, depois dos 1,61% da véspera.

Resultados cintilantes colocaram a cotação da Microsoft a níveis nunca vistos, acabando em alta de 4,21%, depois de apresentar um lucro em alta de 48%, para os 20,5 mil milhões de dólares.

Também a Alphabet acabou em forte alta, de 4,84%, e com a cotação em níveis inéditos, que a aproximaram de uma capitalização bolsista próxima dos dois biliões de dólares.

Em outro setor, a Coca-Cola avançou 1,93%, depois de ter revisto em alta os seus objetivos para 2021, o que já tinha feito no trimestre anterior.

Resultados acima do esperado permitiram à McDonald's fechar o dia com uma valorização de 2,67%).

Ao contrário, fortes perdas foram apresentadas pela Twitter (-10,78%) e Robinhood (-10,44%).

A primeira caiu por ter divulgado uma forte perda trimestral, no seguimento de um processo judicial, e a segunda, também por resultados dececionantes, devidos em particular à diminuição das transações em moedas digitais, que é uma importante fonte de rendimentos para esta plataforma.

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