Países Baixos retiram licença a fornecedor de energia por preços elevados

A Autoridade holandesa de Consumidores e Mercados revogou hoje a licença do fornecedor Welkom Energie, já que os altos preços da energia o impedem, a partir de novembro, de fornecer gás e eletricidade aos seus 90.000 clientes.

energia, lampada euros

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Lusa
27/10/2021 16:22 ‧ 27/10/2021 por Lusa

Economia

Energia

Esta é a primeira vez, desde que os preços do gás começaram a subir, que a Autoridade de Consumidores e Mercados (ACM) holandesa retira uma licença a um fornecedor de energia, cujos clientes serão absorvidos pela Eneco, um dos maiores produtores de gás natural e eletricidade dos Países Baixos.

A Welkom Energie, fornecedora de energia ecológica, pediu à ACM que revogasse a sua licença e confirmou que, a partir do dia 01 de novembro, não consegue garantir o fornecimento de eletricidade e gás aos 90.000 consumidores que contrataram os seus serviços devido aos atuais altos preços da energia.

Estes clientes vão, entretanto, passar a pagar preços mais elevados pelo consumo de energia, já que obterão contratos com base na situação atual, embora só fiquem vinculados à Eneco até 01 de dezembro, data a partir da qual poderão mudar de fornecedor.

A ideia é que estas 90.000 pessoas não tenham de se preocupar com a possibilidade de não ter luz e gás pelo menos durante o próximo mês.

Os preços aumentaram drasticamente nos últimos meses, fazendo disparar as contas da energia elétrica de residências e empresas.

Nos Países Baixos, o Governo decidiu alocar cerca de três mil milhões de euros para medidas de apoio às famílias e empresas, a maioria dos quais será usada para reduzir o imposto de energia sobre gás e eletricidade.

Além disso serão disponibilizados fundos aos cidadãos para garantir um melhor isolamento das suas casas de forma a reduzir a necessidade de consumir energia para aquecimento.

Por outro lado, a Netherlands Oil Company (NAM), detida em partes iguais pela Shell e pela ExxonMobil, anunciou que irá agrupar os seus pequenos campos de petróleo e gás em terra e no mar em quatro novas entidades regionais, que serão sociedades limitadas e postas à venda.

A empresa, fundada em 1947, registou um prejuízo de 315 milhões de euros no ano passado, devido aos preços do gás, à baixa produção e à necessidade de fazer provisões adicionais para pagar os dados causados por um terramoto em Groningen, cujo campo de extração de gás será fechado no próximo ano.

A NAM, que tem mais de 70 concessões de campos de gás em terra nos Países Baixos e cerca de 40 no Mar do Norte, espera concluir a sua reestruturação no próximo ano para depois começar a procurar compradores.

Leia Também: Crise/Energia: Angola não tem uma estratégia para a transição energética

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